HEAVY METAL Investidor

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por que investir em empresas que pagam bons Dividendos?

 Muitos investem em ações baseados em dicas, em "ouviu dizer que a ação WXYZ vai subir 1.000%", muitas vezes entrando em verdadeiros "micos" - os quais depois viram grandes tormentos para quem neles entrou. Dinheiro não aceita ser mal tratado... Uma opção mais conservadora e muito mais lucrativa, que para alguns entendidos no assunto de "investimentos em valor" seja talvez a principal razão de se investir em ações, é investir em empresas que pagam bons dividendos (ou "yield").

 A compra de ações (Renda Variável) deve ser encarada sempre como um investimento de prazo mais longo e uma meta bem clara deve ser estabelecida, simples e definitiva: bater o rendimento da Renda Fixa! Investir em ações e ter rendimentos medíocres é suicídio financeiro. Ter ações de empresas boas pagadoras de dividendos é um método que se mostrou eficiente no longo prazo, trazendo retornos iguais ou acima da Renda Fixa, muitas vezes só as custas dos dividendos pagos (sem falar na valorização das ações!).

 E o reinvestimento dos dividendos recebidos em novas ações coloca para girar, a seu favor, uma máquina muito potente no longo prazo: os juros compostos

"Qual é a força mais poderosa do universo?...os juros compostos" - Albert Einstein

"Não sei quais são as sete maravilhas do mundo, mas certamente conhecço a oitava: os juros compostos." - Barão de Rothschild


 A ilusão dos lucros rápidos e fáceis já levou embora o dinheiro de milhares de pessoas e todos os dias continua a fazê-lo. Compras de opções a seco, venda descoberta de opções, termos sem lastro em dinheiro real, day trade para recuperar dinheiro perdido em day trade, venda descoberta de ações, micos, compra de ações caras... A lista é extensa, mas nos foruns da Internet, escondidos em seus "nick names", temos inúmeros "vencedores" e "mestres" em investimentos. Enquanto isso, quem investiu em empresas pagadoras de bons dividendos em 2009 (apenas um exemplo) recebeu:










EmpresaClasse da açãoCategoriaDividend Yield (%)
PinePNBanco26,66
EquatorialONEnergia26,4
EletropauloPNBEnergia24,51
BicbancoPNBanco23,61
Aços VillONSiderurgia21,41
Iochp-MaxionONMaterial Rodoviário19,09
BrasmotorPNEletrodomésticos18,79
TegmaONTransporte Rodoviário18,31
OdontoprevONSaúde16,82
Cruzeiro SulPNBanco16,46
AES TietêONEnergia16,3
TelemarPNTelefonia16,17
AES TietêPNEnergia15,44
CoelcePNAEnergia15,03
EternitONMateriais de Construção14,95












2010 (até 11 de junho)
EmpresaClasse da açãoCategoriaDividend Yield (%)
EletrobrasONEnergia32,43
OdontoprevONSaúde15,91
EletropauloPNBEnergia12,33
SofisaPNBanco9,03
CoelcePNAEnergia8,87
TelemarPNTelefonia8,46
ComgásPNAGás8,33
Light S/AONEnergia8,16
TelemarONTelefonia7,02
TelespONTelefonia6,17
CemigOnEnergia6,15
TelespPNTelefonia5,92
EletrobrasPNBEnergia5,86
DaycovalPNBanco5,77
Energias BRONEnergia5,57

Fonte: Economatica










 Devagar e sempre, eis o caminho do sucesso financeiro. As tabelas mostram que empresas de telefonia e energia são as maiores pagadores de dividendos do Brasil. "Telefônicas e elétricas não têm mercadoria física, estoque ou produção. O que elas vendem, cobram no fim do mês. Se você não pagar, o serviço é cortado. Por esses motivos, a geração de caixa é grande e regular", diz o professor Alexandre Assaf Neto, da Fipecafi e do Instituto Assaf. Essas empresas também têm acesso a fontes de financiamento de longo prazo com  taxas de juros bastante atraentes. "Em geral, elas quitam empréstimos do BNDES em prazos que variam de 5 a 15 anos. Assim, fazem investimentos pesados, pagam por isso ao longo do tempo, mas geram faturamento imediato pelo tipo de bem que oferecem", diz Assaf. Como a necessidade de reinvestir não cresce consideravelmente, a estrutura já montada para a construção de uma hidrelétrica, por exemplo, será capaz de prover o serviço dali para frente sem a necessidade de grandes injeções financeiras.

 Exatamente por isso, essas empresas tendem a sofrer menos nos momentos de crise. O levantamento da consultoria Economatica mostra que considerando apenas as ações que foram negociadas em todos os pregões, um terço das que entregaram melhores resultados em 2009 eram de companhias elétricas. Analisado o ranking de janeiro até 11 de junho de 2010, essa participação chega aos 46%. Além disso, todos os 15 papéis com retorno mais expressivo no ano passado apresentaram dividend yields superiores à Selic. Para se ter uma ideia, a taxa básica de juros, referência para a remuneração na renda fixa, fechou o ano em 8,75%, ao passo que a média das ações campeãs ficou em 19,33%. Isso significa que mesmo que os papéis não tenham subido absolutamente nada, o investidor ganhou mais em dividendos do que se tivesse aplicado o mesmo tanto em títulos públicos.
 Por outro lado, ações que devolvem bons dividendos não costumam registrar grandes valorizações. "Ou você ganha com o lucro de uma empresa ou corre o risco de ganhar com a apreciação do papel de outra. Não há como você levar as duas coisas bem", alerta o economista Alexandre Assaf Neto. Sendo assim, a escolha por companhias que pagam dividendos regulares é uma boa pedida para o investidor cauteloso ou que não pode esperar muitos anos para recuperar eventuais perdas - como aposentados e pessoas que vão precisar em breve do dinheiro investido em bolsa. Se a chance de ver o patrimônio disparar no curto prazo é praticamente nula, é possível ter ganhos maiores do que na renda fixa com empresas que são menos suscetíveis às variações do mercado. É por esse motivo que esses papéis costumam ter valorização acima da média apenas em momentos de crescimento da aversão ao risco.
 Décio Bazin indica em seu livro que, para um ação ser uma boa compra, seu "preço justo" seria no máximo 16,67 vezes o valor dos dividendos (isso significava uma taxa básica de 6% ao ano nos títulos de renda fixa, onde 100/6 = 16,67). Usando os atuais valores dos Títulos do Tesouro Brasileiro, levando em conta um rendimento anual líquido de 10%, hoje o cálculo do preço justo de uma ação pelos seus dividendos seria no máximo 10 vezes o valor dos mesmos (10%, onde 100/10 = 10). Para o investidor mais conservador, pensando numa eventual queda nas cotações das ações a serem compradas, este valor máximo poderia ser ajustado para 8 ou 9 vezes os dividendos pagos. Isso daria uma taxa básica de 12,5 e 11,11% respectivamente. Lembrando que queda no preço de boas ações = OPORTUNIDADE DE COMPRA!. Pesquise entre as empresas da Bovespa as melhores pagadoras de dividendos, estude os múltiplos das mesmas, pois ocasionalmente uma empresa pode pagar um bom dividendo devido a lucros não recorrentes, o que seria uma indicação de cautela na compra. Crie seu "filtro" na escolha da ação e coloque os juros compostos para trabalharem a seu favor. 











quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aposentar-se investindo em ações: entenda como

Texto retirado do antigo site INI:

 Nos cursos ministrados pelo INI nos últimos anos, observa-se algumas dúvidas quanto ao que seria “aposentar-se com patrimônio em ações”. Como o número de pessoas nesta situação é pequeno e poucos
vêem o mercado de ações como forma de poupança, o INI oferece duas visões a respeito desse tema e ainda uma ferramenta para você programar sua aposentadoria em ações.
Para fazer download digite: www.ini.org.br/ini/aposentadoria.xls


TIPO A: Aposentando-se com base nos dividendos pagos.

 Esse tipo é o que mais causa controvérsia, pois normalmente o dividend yield (retorno com dividendos) é algo entre 2% e 4% ao ano e, no Brasil, encontra-se facilmente investimentos de renda fixa com rentabilidade entre 7% e 9%. As pessoas costumam dizer que não é vantagem, então, buscar a aposentadoria em ações. O que não se leva em consideração é que o ganho de capital, ou seja, o crescimento no valor das cotações ajuda a evoluir o patrimônio durante o processo de poupança e, ainda,continua após o investidor começar a gastar os dividendos. Vamos ver na prática:

 Vamos considerar duas premissas básicas, que podem ser mudadas pelo leitor na planilha oferecida em anexo.

- Ganho de capital médio: 15% ao ano
- Dividend yield médio (ganho com dividendos): 3% ao ano
- Investimento mensal de R$ 350,00

Anos Complemento Patrimônio Anos Complemento Patrimônio
1 R$ 11,34 R$ 4.536,15 19 R$ 1.399,56 R$ 559.822,27
2 R$ 24,72 R$ 9.888,81 20 R$ 1.662,82 R$ 665.126,43
3 R$ 40,51 R$ 16.204,94 21 R$ 1.973,46 R$ 789.385,34
4 R$ 59,14 R$ 23.657,98 22 R$ 2.340,03 R$ 936.010,85
5 R$ 81,13 R$ 32.452,57 23 R$ 2.772,57 R$ 1.109.028,95
6 R$ 107,08 R$ 42.830,18 24 R$ 3.282,98 R$ 1.313.190,31
7 R$ 137,69 R$ 55.075,76 25 R$ 3.885,25 R$ 1.554.100,72
8 R$ 173,81 R$ 69.525,55 26 R$ 4.595,94 R$ 1.838.375,00
9 R$ 216,44 R$ 86.576,30 27 R$ 5.434,55 R$ 2.173.818,65
10 R$ 266,74 R$ 106.696,18 28 R$ 6.424,11 R$ 2.569.642,15
11 R$ 326,09 R$ 130.437,64 29 R$ 7.591,78 R$ 3.036.713,89
12 R$ 396,13 R$ 158.452,57 30 R$ 8.969,65 R$ 3.587.858,54
13 R$ 478,78 R$ 191.510,18 31 R$ 10.595,52 R$ 4.238.209,23
14 R$ 576,30 R$ 230.518,16 32 R$ 12.514,06 R$ 5.005.623,04
15 R$ 691,37 R$ 276.547,58 33 R$ 14.777,93 R$ 5.911.171,34
16 R$ 827,16 R$ 330.862,29 34 R$ 17.449,30 R$ 6.979.718,33
17 R$ 987,38 R$ 394.953,65 35 R$ 20.601,51 R$ 8.240.603,78
18 R$1.176,45 R$ 470.581,46 


A lógica da planilha anterior é a seguinte:

- Se você parasse de investir os R$ 350,00 no ano 17, contaria com um complemento de aposentadoria de R$ 987,38 ao mês. É importante notar que esse complemento vem dos dividendos, portanto, se os lucros aumentarem, o complemento também aumenta. Esta é a grande diferença de aposentar-se com dividendos. Caso o lucro das empresa cresça 20%, seu complemento deve crescer também nessa ordem.
- Outro forma de pensar seria: Preciso de R$ 5.000 para viver, logo para me aposentar exclusivamente de dividendos devo parar entre o ano 26 e o ano 27.



TIPO B: Aposentando-se com base na venda de ações.

 Neste tipo, o investidor define um ponto em que vai gastar os dividendos e mais um pouco do patrimônio acumulado.

Vejamos as premissas:

- Ganho de capital médio: 15% ao ano
- Dividend yield médio (ganho com dividendos): 3% ao ano
- Investimento mensal de R$ 1.000,00
- Tempo de contribuição: 20 anos

Anos aposentado Complemento Anos aposentado Complemento
10 R$ 18.314,54 26 R$ 8.739,06
11 R$ 16.884,59 27 R$ 8.524,39
12 R$ 15.694,87 28 R$ 8.325,83
13 R$ 14.689,93 29 R$ 8.141,71
14 R$ 13.830,19 30 R$ 7.970,57
15 R$ 13.086,58 31 R$ 7.811,17
16 R$ 12.437,35 32 R$ 7.662,40
17 R$ 11.865,82 33 R$ 7.523,28
18 R$ 11.359,05 34 R$ 7.392,96
19 R$ 10.906,80 35 R$ 7.270,68
20 R$ 10.500,89 36 R$ 7.155,78
21 R$ 10.134,71 37 R$ 7.047,64
22 R$ 9.802,82 38 R$ 6.945,74
23 R$ 9.500,76 39 R$ 6.849,58
24 R$ 9.224,79 40 R$ 6.758,74
25 R$ 8.971,77


O significado da planilha acima indica o seguinte:

- Uma pessoa que contribui por 20 anos, com R$ 1.000 ao mês, ao se aposentar poderia viver mais 40 anos com um complemento de aposentadoria de R$ 6.758, ou 25 anos com quase R$ 9.000 de complemento.

 É evidente que cada um tem suas necessidades, portanto oferecemos um download da planilha acima para que o leitor possa colocar suas características e calcular seus próprios resultados.

 Quanto à inflação, se o leitor quiser “esquecê-la” na conta, pode pensar que os aportes vão crescer ano a ano de acordo com a taxa de inflação. É uma forma de garantir que os valores acima fiquem muito próximos ao poder de compra de hoje. Para uma inflação de 4%, o aporte começaria em R$ 1.000, no ano seguinte R$ 1.040 e assim sucessivamente. Fazendo isso reduz-se o impacto da inflação nas parcelas acima.

 "Dá para viver de renda no futuro recebendo parte do lucro que cabe aos acionistas de empresas presentes na Bolsa de Valores.

 O engenheiro Vilibaldo Maier, de 68 anos, trabalhou na Petrobras durante décadas e ali se aposentou. Como a maioria dos colegas, levava um padrão de vida de classe média que o salário lhe permitia. Mas, como muitos brasileiros,sempre acalentou o sonho de um dia ficar rico e viver de renda. Um dia, na década de 1970, ele foi convidado a ingressar no Petros, o fundo de previdência da estatal."Ficava pensando como era possível depositar 100 reais e no futuro a empresa me pagar 1 000 reais", diz."Aí, eu me questionei: se a Petros vai investir meu dinheiro, porque eu mesmo não posso fazê-lo?" Então, virou investidor. Em setembro de 1971, quanto tinha apenas 33 anos, comprou seu primeiro lote de ações. Durante 30 anos, ele reservou o equivalente a 1 000 reais para investir todo mês. Assim, de assalariado o engenheiro virou milionário. 

 O hoje sossegado investidor narra sua trajetória com orgulho. Vilibaldo leva uma vida tranqüila numa cidade da Serra Gaúcha. Ele gosta de fazer caminhadas no parque, não ostenta sua riqueza e quem o vê dirigindo um carro popular duvida que tenha alcançado a independência financeira. Seu maior prazer é viajar pelo mundo. Vai para o exterior todo ano.Paga as viagens com uma pequena parte da renda de dividendos de sua carteira de ações. Como virou acionista de boas companhias de capital aberto, tem direito a receber em forma de dividendos ou de juros sobre o capital próprio parte do lucro das empresas. Só no ano passado, os dividendos representaram um ganho em torno de 1 milhão de reais. 

 Mágica, sorte, coisa de especialista? Nada disso. O que aconteceu ao engenheiro pode se repetir na vida de qualquer pessoa com o mínimo de disciplina financeira. Para isso, é necessário evitar a tentação de comprar ações, esperar sua valorização e vendê-las com lucro para usar o dinheiro como complemento do salário. "Nos primeiros seis anos de aplicação na bolsa não tive ganhos significativos", conta o ex-funcionário público." Mas como reinvestia todo o dinheiro dos dividendos, fui formando meu patrimônio. "No início, o engenheiro até fez pequenos saques da renda gerada pelos dividendos, mas logo percebeu que esse dinheirinho extra não faria grande diferença na sua remuneração mensal, ao contrário do que ocorria se o reinvestisse sistematicamente. Ele agüentou firme todos os altos e baixos da bolsa nos últimos 30 anos. Esse foco no longo prazo fez toda diferença. Quem em época de pessimismo do mercado vende suas ações assume um prejuízo que poderia ser revertido em lucro à medida que a bolsa se recupera nos anos seguintes. Quem também só enxerga oportunidades na bolsa quando o mercado está otimista tende a esperar grandes lucros em curto prazo, e isso é muito difícil de acontecer. 

 O ideal é maximizar seus ganhos com a reaplicação de todo o lucro obtido com sua carteira de ações. O que inclui a própria valorização do preço de cada ação e a renda com os dividendos. Não é difícil demonstrar como o reinvestimento ajuda você a ganhar mais. "Quem tem 100 000 reais numa carteira de ações que paga média de 5% de dividendos anuais, recebe no primeiro ano 5 000 reais e reinveste no ano seguinte receberá dividendos maiores porque o total investido aumentou", diz Théo Rodrigues, diretor-geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI). 

 Esta estratégia é comum nos Estados Unidos. Você já deve ter ouvido falar das Beardstown Ladies — senhoras entre 50 e 85 anos que montaram um clube de investimentos e ficaram ricas. Elas vivem da renda de dividendos milionários. Aqui no Brasil, algumas empresas da bolsa criaram programas para que a operação já seja feita automaticamente, como Vale do Rio Doce, Itaú e Bradesco. Comprar ações dessas empresas e autorizar o reinvestimento automático é uma boa solução para investidores indisciplinados ou inexperientes. Converse com sua corretora de valores e procure o departamento de relação com investidor (RI) da empresa para adotar essa estratégia. Você também pode dar preferência em sua aplicação na bolsa a empresas que tradicionalmente pagam bons dividendos. Aqui vale lembrar que, em geral, uma empresa em crescimento não distribuirá mais do que a metade de seus lucros, já que ela precisa reinvestir no próprio crescimento. Uma boa relação de ganho com dividendo situa-se entre 3% e 6% do valor da ação. 

 Um estudo da Economática, empresa de dados financeiros, baseada em São Paulo, mostra que há uma variedade de setores para você escolher empresas que fazem grandes distribuições de lucro entre os acionistas. Entre as ações mais negociadas na Bovespa, 25 se destacam numa análise anual a partir de 1997. Quem encabeça o ranking são as ações da Cemig, estatal de energia de Minas Gerais (leia mais sobre a Cemig nesta edição, na coluna Você em Ação). Os bancos do Brasil, Bradesco e Itaú também estão no topo da lista. Na indústria o destaque é para a Arcelor Brasil e a Companhia Siderúrgica Nacional. 

 Quando decidiu entrar na Bovespa, o paulista Marcelo Graça, de 30 anos, já buscou empresas que pagam bons dividendos. Há 18 meses, ele transferiu 20 000 reais que tinha aplicado em um fundo de renda fixa e comprou ações. "Quero viver de renda a partir dos 50 anos", diz ele. Sua aplicação mensal varia entre 500 e 1 000 reais. Será que Marcelo vai repetir o sucesso do ex-funcionário da Petrobras? É cedo para cravar essa afirmação. Ele vai precisar resistir às quedas da bolsa, ter disciplina para continuar investindo e reinvestindo todo mês, manter-se focado no longo prazo e só virar sócio de boas empresas — que têm governança corporativa, ou seja, administradores de boa reputação e estejam em crescimento. Em 18 meses de Bolsa de Valores, Marcelo demonstrou que está firme no propósito de viver de renda no futuro. Seus 20 000 reais iniciais já se transformaram em 60 000 reais no último um ano e meio. Nesse período, ele teve direito a receber 2 000 reais de dividendos. "Esse dinheiro foi reinvestido", diz. Deste jeito, Marcelo poderá ser mais um brasileiro assalariado que realizará o sonho de, no futuro, viver de renda, trabalhando apenas por prazer ou, simplesmente, curtindo a vida de milionário. 







"Who wants to be a millionaire???"




quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Consumo de energia elétrica subirá 4,8% ao ano até 2020

Segundo os cálculos do órgão do governo (EPE), o consumo dos segmentos comerciais e residenciais deve crescer 6% ao ano na próxima década 



Energia elétrica
Segundo a previsão, o país vai consumir 730,1 mil gigawatts-hora em 2020

São Paulo - A demanda de energia elétrica no Brasil deve crescer 4,8 por cento ao ano até 2020, saltando de 456,6 mil gigawatts-hora (GWh) no ano passado para 730,1 mil GWh, segundo estimativas divulgadas nesta terça-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
De acordo com a nota técnica "Projeção da demanda de energia elétrica para os próximos 10 anos", que trabalha com a estimativa de crescimento de 5 por cento na economia brasileira ao ano no período, o acréscimo do consumo total de eletricidade será de 274 mil GWh, "volume superior ao atual consumo de eletricidade do México e próximo ao atual consumo de eletricidade da Espanha".
Segundo a EPE, o maior crescimento no consumo entre 2010 e 2020 será registrado no segmento comercial, de 69,1 mil GWh para 123,8 mil GWh, ou 6 por cento ao ano. O consumo do segmento industrial por sua vez, deve avançar 4,8 por cento por ano, de 221,2 mil GWh para 354,7 mil GWh.
Já a classe residencial deve ter alta anual de 6 por cento no período, enquanto "outros", diz a empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, deve crescer 3,7 por cento.
"As projeções indicam que importante parcela da demanda total de eletricidade do país será atendida por autoprodução, que crescerá a uma taxa média de 6,6 por cento ao ano e deverá atingir 71 mil GWh em 2020 --o equivalente a 10 por cento do consumo total de eletricidade neste ano", diz a EPE. O acréscimo da autoprodução, nos 10 anos, será de aproximadamente 34 mil GWh, completa a empresa.
Já o consumo médio por consumidor residencial passará de 154 kWh por mês, em 2010, para 191 kWh por mês em 2020. "O máximo histórico de 180 kWh por mês, observado antes do racionamento de 2001, será ultrapassado por volta de 2017", prevê a EPE.
A empresa diz ainda que a previsão de demanda para os próximos anos incorpora ganhos de eficiência elétrica que resultam em uma redução do consumo de eletricidade, em 2020, de 33,9 mil GWh.



Movimentação Financeira - Carteira HM FEVEREIRO/2011

1- Semana passada
- Compra de 50 cotas de FEXC11B por 112,50 reais.
- Compra de 10 cotas de NSLU11B por 205,00 reais.
- Previdência Privada HSBC - aporte de 1.500,00 reais.

2- Dia 22/02/11
Compra de mais 50 cotas de FEXC11B por 112,50 reais.

3- Dia 23/02/11:
- Lançamento coberto de 4 Kilos de PETRC28 com PM de 1,36 reais. Financeiro de 5.440,00 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 31,79 reais.  

4- Dia 24/02/11
- Lançamento coberto de 2 Kilos de PETRC28 com PM de 1,64 reais. Financeiro de 3.280,00 reais.
- Compra de 200 CREM3 (novata na carteira HM) por 15,99 reais.

5- Dia 25/02/2011:
- Lançamento coberto de 1K de PETRC28 por 1,28 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 31,89 reais.


6- Dia 28/02/2011:
- Lançamento coberto de 1K de PERTC28 por 1,07 reais.

Atual saldo de Compras/Vendas/Aportes:

COMPRAS: 11.250,0 (FEXC11B) + 2.050,00 (NSLU11B) + 6.368,00 (ELPL4) + 3.198,00 (CREM3) = 22.866,00 reais.

VENDAS: 11.070,00 reais (PETRC28, venda coberta de 8K). 

APORTES: 1.500,00 reais na Previdência Privada. 

TOTAL: 24.366,00 - 11.070,00 = 13.296,00 reais (aporte feito por mim, visto os 11.070,00 reais restantes terem vindo das opções vendidas).






"Never Mind!"