HEAVY METAL Investidor

sábado, 4 de junho de 2011

Comprar Ações ON ou PN, visando dividendos?

 O "Novo Mercado" foi implantado em Dezembro de 2000 pela BOVESPA, junto com os Níveis 1 e 2 de Governança Corporativa com o intuito de dar mais transparência para as empresas listadas na Bolsa, como também mais segurança e direitos societários aos investidores em ações, através de uma série de regras que devem ser seguidas pelas mesmas.

 As empresas que abrem capital na Bolsa atualmente estão obrigatoriamente listadas como Novo Mercado, possuindo apenas ações ON, todas com os mesmos direitos. As empresas que já existiam na BOVESPA até 2000 possuiam ações ON e PN, sendo que algumas delas ainda tinham suas ações PN divididas em subtipos (PNA e PNB, por exemplo). Algumas já se adequaram ao N.M. e hoje só possuem ações ON (ex. Banco do Brasil, BBAS3), mas  existem empresas que ainda estão nos níveis 1 ou 2 de governança corporativa (ex. Eletropaulo, ELPL3 e ELPL4). 

 Como regra, as ações PN recebem 10% a mais de proventos que as ações ON e tem mais liquidez; as ON tem direito a voto, as PN não, sendo também menos líquidas. Em certos casos, nestas empresas que possuem ambas ações, notamos dirtorções nos preços das PN em relação as ON estando as últimas bem mais baratas e sem uma boa justificativa para isso. Se o histórico de proventos pagos para as ON e PN for regular ao longo dos anos, talvez este bom desconto no preço das ON não justifique a compra de ações PN somente para receber 10% a mais de proventos! Podemos estar diante de uma arbitragem a nosso favor ao comprar as ON, as chamadas "ações dos donos da empresa".


 Vou postar aqui um texto sobre o tema e sugiro que seja feita a pesquisa de ações ON e PN das empresas que pagam bons proventos, que estejam com um desconto razoável nas cotações das ON que sobreponham o benefício de compra das PN. Um exemplo desta regra: WHRL3 e WHRL4. Ambas tem recebido regularmente os proventos e a atual cotação da PN está 15% maior que a ON:

WHRL3


 WHRL4 















   Outro exemplo, CMIG3 e CMIG4, onde a discrepância é maior ainda. Os proventos pagos tem sido exatamente do mesmo valor para as duas ações há anos e CMIG4 hoje custa 25,98% a mais que CMIG3!!!

CMIG3 



CMIG4

 

   O legal de se escrever um Blog é que podemos ensinar e ao mesmo tempo aprender (muitas vezes, mais se aprende do que ensina). Não sabia que CMIG3 estava tão descontada, vai entrar definitivamente na Carteira HM. Segue agora o texto que li e deu a idéia deste post:

 "Ações ordinárias dão dividendos extraordinários?"

"As ON à metade do preço

 No dia 31 de março, a Embratel ON custou, em média, somente 51% do preço da Embratel PN. No caso das ações ordinárias de Celesc, Tele Norte-Leste, Telesp, Telebrás (recibo), Telerj, Telesp C e Copel, os percentuais foram, respectivamente, 51%, 52%, 61%, 60%, 60%, 64% e 65%. Se o lucro por ação das ordinárias e das preferenciais é idêntico porque todo mundo não compra as ON por quase uma metade do preço das PN e recebe o dividendo em dobro?

Ignorância é uma fria
 A resposta não é complicada mas envolve um pouco de pesquisa, algum conhecimento de balanços, e umas somas simples. Vale a pena tentar acompanhar porque a explanação revela uma oportunidade muito interessante para o pequeno investidor. Além disso, se não entender do assunto, é capaz de entrar numa fria ao comprar uma ON. Então vamos lá: há duas razões para as discrepâncias observadas.

Poder dando sopa por aí
 Primeiro, normalmente é mais difícil comprar ou vender as ON do que as PN. A explicação mais óbvia é que freqüentemente as empresas emitem menos ações ordinárias do que preferenciais. Em grande quantidade, as ON, com seu direito ao voto, possuem "poder" - e os controladores das empresas não querem "poder" dando sopa por aí.

As PN não podem ultrapassar 2/3 do total
 Normalmente o número das PN é o dobro das ON. É o máximo permitido: por lei o número das PN não pode ultrapassar 2/3 do total das ações emitidas. Mas pode haver menos de 2/3: há empresas que possuem números iguais dos dois tipos e outras que só têm ações ON. No caso das empresas citadas o número das ON varia entre 37% e 53% do total.

Com controle não se brinca
 A restrita emissão das ON já reduz sua disponibilidade, mas há outro fator que dificulta mais ainda a negociação das ON. Como a posse da maioria destas ações significa controle da empresa, esta maioria, em circunstâncias normais, não é negociada. Em resumo: as ON têm menos "liquidez" que as PN.

Perigo e oportunidade
 A segunda, e mais importante, razão por que muitas das ON das empresas mencionadas custam menos que as PN é que elas levam embutido o perigo de receber menos - ou até nenhum - dividendo. É aqui que existe tanto o perigo quanto a oportunidade.
 
O que diz a Carta Magna
 O que é que a Lei de Sociedades Anônimas diz em relação ao nível de dividendos pagos às ações PN? Que "salvo no caso de ações com direito a dividendos fixos ou mínimos, cumulativos ou não", as preferenciais têm o "direito a dividendos no mínimo 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias".

Iluminação nas entranhas de Telesp
 É óbvio que a vantagem das PN receberem um dividendo 10% maior não explica por que seu preço chega ao dobro do preço das ON. Temos que entrar mais a fundo. Para exemplificar a questão vamos analisar o balanço de Telesp para 1997.

Cadê os dividendos?
 Ao vasculhar as Notas Explicativas às Demonstrativos Contábeis que acompanham o balanço da Telesp para 1997, ficamos surpresos a descobrir, sob o título de Patrimônio Líquido, que embora a empresa tenha apresentado um lucro líquido de R$1.141M em 1997 e pago dividendos de R$319M, nenhuma parte disso foi recebido pelos acionistas ordinários. Observamos ainda que os números de ações PN e ON foram aproximadamente iguais.

Telesp garante dividendo mínimo às PN
 Na mesma Nota podemos ler que às ações PN é "assegurada prioridade no reembolso do capital e no pagamento de dividendos mínimos não cumulativos de 10% sobre o valor do capital social". Parece relativamente inócuo. Quando calculamos o quanto vale 10% do capital social realizado (ou capital subscrito) preferencial da empresa, no fim de 1997, vemos que é R$336M.

Não sobrou nada para os acionistas ordinários
 Em contrapartida o dividendo mínimo obrigatório total que a Telesp tinha que pagar - e a empresa achou por bem pagar somente o mínimo - é de 25% do lucro líquido ajustado (ou um "payout" de aproximadamente 25%). Esquecendo os ajustes, que pouco afetam o resultado, podemos verificar que 25% do lucro líquido de R$1.140M é R$285M. Quer dizer: o valor mínimo devido aos acionistas preferenciais ultrapassa o valor total de dividendos que a empresa se dispôs a distribuir. Não sobrou nada para os acionistas ordinários!

Se vale nada, preço baixo já é muito
 É claro que, se uma ação não paga dividendos, pagar até um preço baixo por ela já é muito. Se os acionistas estão pagando 61% do preço da ação PN, aparentemente existe a esperança de receber alguma coisa algum dia. Já esquentamos a cabeça: vamos fazer mais cálculos.

Só retorno mais alto assegura o mínimo das PN
 Em 1997, a Telesp teve um retorno sobre o patrimônio líquido no fim do ano de 10%. Se a empresa se limitar a pagar somente o dividendo obrigatório, para poder pagar às PN o mínimo que o Estatuto Social lhes assegura a Telesp teria que gerar um lucro de R$1.344M (R$336M/0,25). Isso representa um retorno sobre o patrimônio líquido de 1997 de 12%.

Só após a parte do Leão é que as ON têm vez
 Visto de outra maneira, nas condições consideradas, vigentes no fim de 1997, somente quando o retorno ultrapassar 12% é que os acionistas ordinários vão receber alguma coisa. De fato, com um payout de 25%, o valor dos dividendos pagos aos acionistas ordinários só vai se aproximar do valor pago aos acionistas preferenciais se a empresa conseguir o altíssimo retorno de 24%.

Mas tudo depende das condições
Como vimos, no caso de Telesp o número das PN é aproximadamente igual ao número das ON. Se o número das PN fosse o dobro das ON a situação seria muito pior (por que uma proporção maior das PN teria direito ao dividendo mínimo). Em contrapartida, se a empresa pagasse um payout maior, ou se a percentagem mínimo assegurada às preferencialistas fosse menor, a posição fica mais fácil para as ordinárias.

Mapa da mina
Preparamos várias tabelas no anexo Quando é que as Ações Ordinárias Recebem Dividendos? Isso mostra, de forma groseira, sob quais condições as ON das várias das empresas citadas no início recebem nenhum dividendo e sob quais condições recebem um dividendo aproximadamente igual ao das PN. A situação analisada é do fim de 1998. O estudo não considera a possibilidade da utilização de parte das reservas de lucro para aumentar o lucro do ano.

Telerj ON: o pior caso
Sem dúvida, pela tabela, Telerj é o pior caso do setor de comunicações. Na melhor das hipóteses (um payout de 50%) as ON só começam a receber dividendos quando a empresa tiver um retorno de 11%, e só atingem uma equivalência aproximada com as PN a um retorno de 18%. De qualquer maneira, como a empresa apresentou um prejuízo em 1998, parece que ninguém receberá dividendos por conta do ano passado.

Tele Norte-Leste ON: o melhor caso
O melhor caso do setor é das controladoras regionais. Na pior das hipóteses, as ON da Tele Norte-Leste atingem uma equivalência aproximada com as PN com um retorno de 10% - uma rentabilidade alcançável sem grande problema em 1999. Em 1998, a empresa teve um retorno de 1,9%, abaixo do mínimo necessário para pagar um dividendo para as ON. Mas, de fato, a administração pagou em cheio. Como? Adicionou parte de sua reserva de lucro ao lucro do ano e aumentou o payout para 127%! Embratel Part agiu de outra maneira: com um retorno de 2,1%, seguiu a lógica da tabela e pagou somente as PN.

Nem Copel nem Celesc estipulam um mínimo
No setor elétrico, nem os Estatutos de Copel nem Celesc estipulam um dividendo mínimo. Neste caso prevalece a regra que deve ser pago às PN um dividendo 10% acima do dividendo das ON.

Mecanismo esclarecido
Como não temos tempo aqui para analisar todas as estatais e ex-estatais, e como já esclarecemos o mecanismo, damos por encerrado o assunto por enquanto. Em nossas análises semanais investigaremos outras opções. Vamos às conclusões:

CONCLUSÕES:

1. Nos Estatutos Sociais de muitas empresas estatais foi estabelecido um dividendo mínimo para as ações PN. Isso resultou, pelo menos em anos recentes, no pagamento de pouco ou nenhum dividendo às ações ON.

2. A posse da maioria das ações ON permite o controle de uma empresa por seu detentor. Enquanto este acionista controlador era o governo, com o dinheiro do contribuinte para esbanjar, não havia nenhum interesse em mudar a situação das ON.

3. Agora controladores privados estão assumindo estas empresas através da compra da maioria das ON em leilões de privatização. Como eles precisam de um retorno sobre seus investimentos, vão assegurar a estas ações o pagamento de bons dividendos de qualquer maneira.

4. Há várias maneiras pelas quais um novo controlador pode, de forma relativamente fácil, aumentar os dividendos pagos às ON: pode usar as reservas de lucro; pode aumentar o payout; e pode aumentar a rentabilidade da empresa. Existem outras maneiras mas são mais difíceis.

5. Muitas ações ON podem ser compradas atualmente com um bom desconto sobre as ações PN. Parte do desconto é devido ao menor número das ON disponíveis no mercado, e a conseqüente maior dificuldade em negociá-las. Mas uma parte importante é devido aos poucos dividendos pagos às ON na época do controle estatal.

6. No caso das empresas que asseguram às PN um dividendo mínimo, os novos controladores privados inevitavelmente vão garantir maiores dividendos para as ON. Em conseqüência as ON agora oferecem uma excelente oportunidade de compra para pequenos investidores, de longo prazo, que querem bons dividendos mas não se preocupam com a baixa liquidez.

7. Mas no caso de certas empresas é mais fácil conseguir pagar maiores dividendos. Entre estas estão Tele Norte-Leste e Tele Centro-Sul, em primeiro lugar, e Telesp e Telesp C, em segundo. Se comprar a Tele Norte-Leste ON a 50% do preço da PN, por exemplo, há uma boa chance de receber quase 100% a mais em dividendos no futuro. A infeliz Telerj vem em último lugar!

8. Onde não há garantia de um dividendo mínimo as únicas desvantagens das ON são a baixa liquidez, e o fato de receber um dividendo 10% abaixo das PN. Copel ON e Celesc ON - até onde conseguimos verificar - ficam nesta categoria.

9. Finalmente, se quiser comprar a ON de uma estatal que tenha baixa rentabilidade, pouca perspectiva de privatização, e que assegure às PN um dividendo mínimo, cuidado! Você pode ficar sem dividendo nenhum!"

 Este texto é de 1999, retirado do Site "AÇÃO e REAÇÃO", e as tabelas postadas acima com os dividendos de Whirlpool e Cemig são do site Comdinheiro.com. Boa leitura.







quarta-feira, 1 de junho de 2011

Movimentação Financeira - Carteira HM JUNHO/2011

1- Dia 01/06/11:
- Compra de 9 cotas de FPAB11 por 286,00 reais.


2- Dia 02/06/11:
- Compra de 10 cotas de FPAB11 por 285,00 reais.
- Compra de 100 CSNA3 por 21,61 reais.



3- Dia 03/06/11:
- Compra de 100 DROG3 por 10,53 reais.


4- Dia 06/06/11:
- Compra de 200 CSNA3 por 20,91 reais.
- Compra de 1 cota de PRSV11 por 1.070,50 reais.


5- Dia 07/06/11:
- Compra de 2 cotas de PRSV11 por 1.074,00 reais.


6- Dia 09/06/11:
- Compra de 1000 WHRL3 por 3,40 reais.

7- Dia 10/06/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 20,00 reais.
- Compra de 100 BBAS3 por 27,16 reais. 

8- Dia 15/05/11:
- Previdência Privada no HSBC, aporte de 1.500,00 reais.

9- Dia 16/06/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 19,44 reais.


10- Dia 20/06/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 18,92 reais.
- Compra de 1000 cotas de FFCI11 por 1,66 reais.


Atual saldo de Compras/Vendas/Aportes:

COMPRAS: 0,00 (ELPL4) + 1.053,00 (DROG3) + 3.400,00 (WHRL3) + 12.179,00 (CSNA3) + 2.716,00 (BBAS3) + 3.218,50 (PRSV11) + 5.424,00 (FPAB11) + 1.660,00 (FFCI11) = 29.650,50 reais.

VENDAS: 0,00 reais.

APORTES:  1.500,00 reais na Previdência Privada.

TOTAL: 31.150,50 reais de aportes feitos em Junho de 2011. Recebidos este mês 5.374,19 reais dos proventos de PETR4, FII e do Empréstimo. Ainda estão. Todos os proventos  recebidos eu já transformei em novos ativos. Portanto, coloquei 25.776,31 reais de dinheiro novo na Carteira HM este mês. 



"The Market is Crazy, So Do I!"
 

domingo, 29 de maio de 2011

Você consegue "ver através dos lucros"?

 Texto retirado de uma dica do site "Ação e Reação", gostei muito do tema abordado e sua simplicidade não deve ser confundida com ineficácia.

"Meu Buffetismo Preferido"

 "Parece que todos os investidores em valor têm o seu conceito ou idéia preferida dentre os ensinamentos pregados por Warren Buffet. O meu é ver “através os lucros” ("look-through earnings") de uma carteira. Veja a sua carteira pela “ótica através dos lucros” e saiba o que, exatamente, está indo para o seu bolso.

Fonte: http://www.fool.com/news/commentary/2003/commentary030424.htm?

Por Zeke Ashton

Tradução e adaptação: SER

24 de abril de 2003

De vez em quando,  gosto de tirar uma tarde longe das minha pesquisas de ações, sentar-me em uma poltrona bem confortável, desencavar a minha coleção de antigos relatórios anuais da Berkshire Hathaway (NYSE: BRK.A) e começar a ler.

Mesmo que eu tenha lido, pelo menos umas cinco vezes, todos relatórios anuais de 1977 até hoje, toda vez que faço uma nova leitura me concentro em alguma coisa diferente que ajuda a me tornar um investidor melhor.  Parece que cada investidor em valor tem o seu “Buffetismo” preferido - alguma idéia ou conceito que Warren Buffet tenha descrito em seus ensinamentos ao longo destes mais de quarenta anos de investimentos.

O meu “Buffetismo” preferido é um conceito que julgo ser extremamente valioso na administração de carteiras. A idéia de Ver Através dos Lucros, que Buffet apresentou pela primeira vez em sua carta aos acionistas de 1990, aonde ele explica como faz a avaliação da polpuda carteira da Berkshire. Mas foi só na apresentação de 1991 que ele encorajou seus leitores a utilizar este conceito em seus próprios investimentos. Aqui está um extrato da carta:

 Nós acreditamos que os investidores também possam se beneficiar concentrando-se na “visão através dos lucros”. Para calcular isso, ele deve obter os lucros por ação de cada papel da sua carteira e depois somá-los. O objetivo de cada investidor deveria ser criar uma carteira (na verdade, “uma companhia”) que irá propiciá-lo a maior “visão através dos lucros” daqui a dez anos ou mais. Enxergar sua carteira nessa ótica irá forçar o investidor a pensar sobre as perspectivas de longo-prazo do negócio ao invés das perspectivas de curto-prazo da Bolsa, uma abordagem que deverá melhorar seus resultados.

 É claro que, no longo-prazo, o placar para as decisões de investimento é o preço de mercado. Só que preços são determinados por lucros futuros. Em investimentos, da mesma forma que no basebol, para aumentar o número no mostrador a gente deve olhar para dentro do gramado, e não para o placar.

Aplicando o conceito da “visão através dos lucros”


 Aplicar o conceito da “visão através dos lucros” na sua própria carteira é um coisa relativamente simples e você verá que os resultados irão surpreende-lo. Em primeiro lugar, esqueça que a sua carteira é constituída de um monte de ações que não possuem qualquer relação uma com as outras. Ao invés disto, imagine que você está dirigindo uma holding, e que cada ação representa uma “unidade de negócio” do seu próprio conglomerado. Vamos supor que você possua a seguinte carteira:
 Dados de 20/08/2004


 Como você pode ver, o valor de mercado do seu pequeno conglomerado é de $16.080,00. O segundo passo é olhar através do potencial de lucros dessas ações. Usando o lucro por ação do final do ano de 2003 para todas as companhias, descrevemos a “visão dos lucros” da carteira:

 E agora, o que fazer com isso? Este cálculo pode lhe dizer quanto você está pagando pelas companhias da sua carteira em função da sua capacidade de gerar lucros, em termos médios ponderados.

 Nesse caso, nosso investidor imaginário estaria pagando R$ 16.080,00 por uma cesta de ações que demonstraram um potencial de lucros de R$ 1.931,92. Isto equivale a um índice P/L de 8,3 que não é tão ruim assim, comparado com o P/L do Índice Ibovespa de  18,4, de acordo com o site Lafis.

 Como as companhias nessa carteira representam “O filé” do Bovespa, pegar o pacote acima com desconto de mais de 50% em relação ao índice me parece um bom negócio. Olhando de outra forma, a carteira acima tem um “Earnings Yeld” (NT- Lucro/Preço, o inverso do P/L) de 11,9%, sob a “ótica através do lucros”,  contra um de 5,5% do Ibovespa, como um todo. É claro que a nossa carteira recebeu um peso maior em função da Magnesita, mas a informação não é menos valiosa por causa disso. A maioria dos investidores individuais tendem a ter uma ou duas ações que dominam a sua carteira, e a “visão através dos lucros” ajuda a identificá-las.

Eu aconselho a vocês fazerem com as suas carteiras o exercício acima. Se você pensa como eu, ficará bastante surpreso com o resultado. Na primeira vez que eu fiz esse exercício, descobri que estava pagando um P/L de 50x sob a ótica da “visão através dos lucros”. E eu que ainda pensava que era um investidor em valor! Quando dei por mim, tinha naquela época na minha carteira: um par de ações no setor de biotecnologia, uma ou duas outras companhias que não apresentavam lucros, e uma ação com P/L maior que 100x !  E olha que nem era necessário possuir muitas ações desse tipo para obter números estapafúrdios no resultado. Definitivamente, foi excelente para mim ver o efeito que duas ações “especulativas” podem exercer sobre uma carteira sob a ótica  da “visão através dos lucros”.

Um amigo meu que gosta de investir em ações de tecnologia “emergentes”, descobriu que tinha uma carteira com um “Earnigs Yeld” negativo, o que significa que, como um todo, sua carteira gerava prejuízo, durante o ano passado, e que suas “unidades de negócio” queimavam dinheiro ao invés de produzi-lo. Isto, provavelmente, não é uma boa coisa.

Na outra ponta, os investidores em valor radicais podem querer construir uma carteira com um P/L médio ponderado de menos de 10, assumindo que estas companhias, como um todo, continuarão a manter seu potencial lucrativo no futuro.

Visão através dos dividendos, fluxo de caixa livre, e outras idéias legais


Uma vez que você tenha pego a idéia, é muito fácil calcular uma série de outras medidas na sua carteira. Por exemplo, eu calculei a "Visão através do Dividend Yeld" em nossa carteira modelo:


 Como você pode ver, com essa carteira, nós teríamos recebido R$ 721,26 de dividendos o ano passado, o que equivale a um “Dividend Yeld” de 4,5% sobre o valor de mercado de R$ 16.080,00. 

 Eu pessoalmente gosto de usar o fluxo de caixa livre como meu método de “olhar através” favorito, e costumo certificar-me que o meu fluxo de caixa livre médio ponderado seja baixo o suficiente de forma a manter meu cash flow yeld  próximo de um retorno anual razoável. Você poderá querer fazer uma análise sob a ótica do “olhar através” usando as estimativas de lucro ou de fluxo de caixa para o ano seguinte, para cada uma das ações de sua carteira, ou estender o conceito para o Balanço Patrimonial. Por exemplo, você tem alguma idéia da média ponderada da sua carteira em termos de caixa/dívidas ou dívidas/PL? Isso pode ser bem interessante.

 O conceito de “olhar através” é extremamente útil. Eu acredito que você aprenderá muito sobre a sua carteira brincando com algumas das idéias apresentadas aqui, e também terá uma idéia muito melhor daquilo que você realmente tem no bolso".



 Zeke Ashton tem sido um contribuinte do Motley Fool a muito tempo,e é sócio administrador do do Centaur Capital Partners, LP, uma firma de administração de recursos no Texas. Por favor mande o seu feedback para zashton@centaurcapital.com. 
   
 Baseado neste texto, avaliando somente as ações que possuo:
1- O atual P/L da Carteira HM é de 7,77.
2- O atual Dividend Yield da Carteira HM é de 9,69%.

 Fiquei feliz com meu atual PL e DY na Carteira HM. Minha meta agora, se possível é aumentar o DY da carteira e diminuir seu PL. Isso significa: muito estudo e muito trabalho pela frente ainda. Acredito que, com uma alta de PETR4 que hoje ainda é mais de 40% da minha carteira, vendo grande parte da mesma e realoco em outros ativos com melhores fundamentos. Sugiro aos leitores que façam este simples teste aqui citado em suas carteiras e vejam os seus próprios resultados. 


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Valor Atual da Carteira HEAVY METAL - Maio de 2011 (D.C.)

 Descrição dos valores dos ativos da Carteira HM na presente data, 01/06/2011:

1- Ações: 770.554,00 reais.

2- Fundos Imobiliários: 279.460,50 reais.

3- Previdência Privada: 216.736,31 reais.

4- Empréstimo a 1% ao mês: 120.000,00 reais.

TOTAL: 1.386.750,81 reais


 *Proventos recebidos: 2.319,40 (FII) + 1.200,00 reais (empréstimo) + 33.895,70 (proventos de ELPL4, PETR4 e CSNA3) = 36.306,51 reais. Já reapliquei todo este valor em novas compras para a Carteira HM.

- Março de 2011: Carteira HM estava em 1.244.801,00 reais.
- Abril de 2011: Carteira HM estava em 1.340.805,17 reais
- Maio de 2011: Carteira HM está em 1.386.750,81 reais

 Passarei a colocar a atualização da minha carteira todo primeiro dia do mês, no mesmo dia em que todo o resto do planeta Terra também o faz! Rssss...  Sugestão dada pelo amigo "Investidor Defensivo" e aceita de imediato. 


Os aportes vieram de três fontes:

A- 36.306,51 reais (Juros + JCP + Dividendos supracitados).
B- 0,00 reais (venda coberta de opções).
C- 44.836,49 reais (dinheiro novo).
TOTAL: 81.143,00 reais.

 No dia 19/05/2011, havia uma queda de 77.682,50 reais em relação ao mês anterior, pois somei a desvalorização em relação ao mês anterior (queda de 19.349,50 reais) e os aportes feitos até a data citada (58.333,00 reais). Isso dava uma desvalorização de 5,79% da Carteira HM até então.

 Na presente data (01/06/2011), ainda há uma Desvalorização da Carteira HM em Maio. O cálculo feito leva em conta que, somando-se os aportes efetuados (81.143,00 reais) com o valor da Carteira em Abril/2011 (1.340.805,17 reais), eu deveria ter hoje um total de 1.421.948,17 reais. Meu atual valor é de 35.197,36 reais menor que isso, o que dá uma desvalorização de 2,48%.

É evidente que, mais uma vez, a maior força desta desvalorização foi devida principalmente ao precipício em que caiu PETR4.

 Os FII deram um rendimento líquido de 0,92%, queda de 0,11 pontos % em relação ao mês anterior. Entrou na Carteira HM uma nova ação (DROG3). PETR4, que caiu mais de 4 reais por ação  nos últimos dias deu uma detonada na carteira. Mas Renda Variável é isso aí, quem não suporta o regaço, não deve entrar! Maré tá cor de sangue, hora em que algumas pechinchas podem começar a aparecer...


 Segue a "Pizza da Mama" com as porcentagens dos ativos da Carteira HM:










"Sharpen your Axe... The Blood River Will Run!!!"


terça-feira, 10 de maio de 2011

PROTESTO: Brasil, aqui VOCÊ é o palhaço!!!

Caso VALE: troca de presidente refere-se a fatos investigados na SEC e no FBI há mais de 5


 Enquanto o mercado observou a troca de comando da VALE, sob os holofotes de influência ou não do Ministro Guido Mantega, da interferência ou não do ex-presidente Lula ou mesmo dos Presidente do Bradesco ou da PREVI, poucos investidores nacionais e internacionais perceberam a realidade envolvida. 


 As circunstâncias que envolveram a saída do Presidente Roger Agnelli e a posse do Dr. Murilo Ferreira revelam algo muito mais sério. Conforme já vem sendo investigado, desde de 2008, em processos na SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) sob os nºs 676.560.200, 323.950.536. e 207.648.893.4; na NYSE (Bolsa de Valores de Nova Iorque) nº 676.560.196 e no FBI, existem provas definitivas de que o Brasil é um mercado perigoso e pouco confiável. Os players brasileiros estão organizados de maneira que violam regras internacionais, em que pese estarem inseridos em negócios e bolsas globais.

 O problema não é quem manda na VALE, mas sim o fato incontroverso de que a maior parte dos negócios feitos a partir da BOVESPA, ou mesmo as fusões e incorporações internacionais abrangendo grandes empresas brasileiras envolvem, 90% das vezes, mais de U$ 250 bilhões administrados pelos 34 maiores fundos de previdência privados do Brasil, entre eles PETROS, PREVI, FUNCEF, mais os Fundos de Investimento em Ações dos clientes da Caixa Econômica Federal (aprox.U$ 90 bilhões), os Fundos de Investimento em Ações do Banco do Brasil (aprox. U$ 120 bilhões) e os fundos de participações organizados pelo BNDESPAR e pelo BNDES (com mais de U$ 150 bilhões de capital e participações) - fonte: denúncia no TCU sob o nº 027.703/2008-5).

 Citadas entidades têm seus diretores e presidentes escolhidos por não mais do que seis pessoas justo posicionadas no Brasil. E pasmem, estas mesmas pessoas ainda escolhem os Presidentes e Diretores das mais de 20 empresas do Grupo "Privado" Eletrobras, das mais de 30 empresas que compõem o Grupo "Privado" Petrobras, escolhem os bancos responsáveis pelo bilionário negócio de emitir ações e ADRs do Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras; além de escolherem os presidente e diretores do BNDES e BNDESPAR, também definem o volume de financiamento e de participação societária, no Brasil e no exterior quanto a negócios das mais importantes empresas do mundo, tais como: OI BRASILTELECOM, VALE, JBSFRIBOI, BRASIL FOODS, EMBRAER, EMBRATEL, AMBEW-INTERBEW.

 Todo este poder estruturado não vem a público, exceto quando ocorre mudanças como a da VALE. De regra, tudo sequer é comentado, não merecendo notas por parte de auditorias ou mesmo dos órgãos de fiscalização. Afinal, o mesmo centro de poder também escolhe os Diretores e Presidente da CVM - Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central do Brasil, órgãos que a todos deveria fiscalizar.

 O fato preocupa não pela VALE ou por seu ex-presidente, mas sim pelo seguinte aspecto: caso este grupo de pessoas, empresas e bancos sintam-se tentados em ajudar um ao outro, será que estarão agindo com "conflito de interesses"? E pior: e se as pessoas citadas resolvessem revelar uns aos outros suas intenções e segredos, mesmo que de boa fé, estarão violando regras de "Chinese Wall" e suas ideias podem ou não definir ou criar movimentos que estabeleçam o preço de ações e commodities de forma não natural? E quando se reúnem e organizam ou não fusões/incorporações ou serão TAG ALONGS? Basta não ser público! Se ocorrer esta hipótese, estarão cometendo crimes financeiros ou simplesmente manipulando preços e mercado? É muita dúvida acessória para um mercado de "risco".

 A preocupação agiganta-se ainda mais quando se considera o fato de que os negócios realizados por empresas e investidores brasileiros despontam com peso nas Bolsas de Valores que compõe o sistema NYSE/Euronext. VALE, AMBEV, JBS FRIBOI, PETROBRAS, ELETROBRÁS, OI BRASILTELECOM e BRASILFOOD, por ex., são as maiores multinacionais do mundo em seus setores de atuacão.

 Assim, quando os diretores dos citados bancos, dos 34 maiores fundos de previdência privados do Brasil (que administram os recursos de seus clientes aplicados em fundos de ações), do BNDES, do BNDESPAR resolvem, estruturadamente, aplicar recursos em ações ou participar de fusões e incorporações, que envolvem os grupos empresariais, os quais estão ligados por um centro de gestão e financiamento comum, é necessário esclarecer ao mercado que estes estão agindo organizadamente, sem nenhuma fiscalização, isenta de conflito de interesses e utilizando mais de 400 bilhões de dólares em dinheiro e estruturas patrimoniais que ultrapassam 200 bilhões de dólares.

 Sem explicar como isto ocorre, sempre haverá suspeita de "conflito de interesses", violação as regras de "Chinese Wall", "Falta de Transparência" e "ausência de fiscalização imparcial". Em território estrangeiro, principalmente nos mercados diretos e de derivativos organizados em torno das operação da Bolsa de New York, tais circunstâncias, presente ou ausente a má fé, são consideradas práticas de crime por força das leis Securities Exchange Act, Sarbanes Oxley- SOX e Dodd-Frank Act.

 Édison Freitas de Siqueira

Presidente do Instituto de Estudos dos Direitos do Contribuintes

efs_artigos@edisonsiqueira.com.br
www.edisonsiqueira.com.br

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/caso-vale-troca-de-presidente-refere-se-a-fatos-investigados-na-sec-e-no-fbi-ha-mais-de-5/54200/


terça-feira, 3 de maio de 2011

O quê acontece com a ação quando fica "Ex-dividendos"?

 Assunto simples, mas interessante. Lembro também que as opções sofrem igualmente o desconto dos proventos pagos pela ação, no dia em que a mesma se torna "Ex-dividendos" (ou "Ex-juros" sob capital póprio).


Investidor deve conhecer como ações são ajustadas na distribuição de proventos

Por: Equipe InfoMoney
27/08/07 - 19h00
InfoMoney

SÃO PAULO - A popularização de chats e fóruns financeiros na internet - com diversos investidores interagindo sobre alternativas de investimento - é uma importante ferramenta para a disseminação de dicas e conteúdo educacional neste segmento. Porém, muitas vezes a diferença significativa de conhecimentos entre os usuários pode gerar confusões.

 Isso ocorre principalmente quando são discutidos temas que são simples para quem já tem alguma experiência no mercado, mas que podem parecer mais difíceis para os iniciantes. Estes últimos, muitas vezes, tomam decisões equivocadas em função da falta de entendimento de algumas definições básicas.

Proventos: dúvidas existem

 Uma das situações em que isso acontece é quando existe distribuição de proventos (dividendos ou juros sobre capital próprio). O fato de uma ação distribuir dividendos significativos pode ser encarado, algumas vezes erroneamente, como motivo para comprar uma ação para rapidamente receber este benefício.

 Uma questão que alguns investidores podem não ter ciência é que as cotações de uma ação tendem a sofrer um ajuste após a ação passar a negociar "ex", ou seja, após os proventos terem sido alocados ao investidor.

 Para quem não conhece, existe uma data, chamada "data com" que é aquela na qual o investidor deve estar de posse da ação para receber os proventos. Após esta data, as ações ficam "ex", o que significa que os proventos já foram alocados. Ou seja, quem comprar após a data "com" já não terá mais direito aos dividendos.

Exemplo prático

 Vamos imaginar o caso de uma ação que vale R$ 100,00 e que tem proventos de R$ 10,00 previstos, com data "com" fixada para a próxima sexta-feira. Isso significa que quem estiver de posse das ações no fechamento do pregão de sexta-feira terá direito a receber os proventos em dinheiro em sua conta corrente, em uma data ainda a ser determinada (não confunda data "com" com data de pagamento).

 O que acontece com a ação na segunda-feira? Em geral, as ações passam por um ajuste, já que não são mais negociadas com o benefício de proventos. Ou seja, seu valor passa a ser menor, já que a parcela referente aos dividendos já foi alocada. Para entender melhor, é mais fácil imaginar que a ação, antes da data "com", era composta por duas partes distintas.

 A primeira parte correspondia aos proventos, ou seja, R$ 10,00. Este valor, como você pode imaginar, não varia, já que corresponde à "promessa" da empresa alocar R$ 10,00 por ação de seus lucros para seus acionistas. Já a segunda parte, ou a ação propriamente dita, equivalia à diferença entre o valor total (R$ 100,00) e o valor do dividendo (R$ 10,00), ou seja, R$ 90,00.

Qual o valor após o ajuste?

 Com este exemplo, fica fácil entender qual será o valor ajustado da ação a partir da segunda-feira. Como a parte referente aos dividendos já foi distribuída, restou a parte que efetivamente equivale à ação, ou seja, R$ 90,00. O valor ajustado de fechamento da sexta-feira, portanto, passará a ser R$ 90,00, contra um valor "nominal" (que incluía os proventos) de R$ 100,00 que foi registrado no pregão.

 Pode parecer estranho que o preço de fechamento do pregão de sexta-feira mude de R$ 100,00 (após o pregão de sexta-feira) para R$ 90,00 (a partir da abertura de segunda-feira), mas é assim mesmo que ocorre, pois a parte referente ao dividendo é excluída.

 Este ajuste, inclusive, pode ser aplicado para toda a série histórica da ação, permitindo que a cotação atual seja comparada corretamente com valores passados. Caso contrário, ficaria a impressão de que a ação fechou a sexta a R$ 100,00 e abriu a segunda a R$ 90,00, uma perda de cerca de 10%. Mas esta perda, na verdade, não ocorreu, pois o valor nominal da ação caiu, porém a diferença foi alocada na forma de proventos.

Cuidado com o ajuste

 Entender como funciona este ajuste pode evitar um erro básico que, às vezes, é cometido por investidores iniciantes. Caso o ajuste não ocorresse, seria muito fácil ganhar dinheiro. Bastaria comprar a ação a R$ 100,00 no meio do pregão da sexta-feira, receber o dividendo de R$ 10,00 e vender a mesma ação a R$ 100,00 no início do pregão de segunda. Um ganho de 10% sem esforço!

 Como o mercado se ajusta, a possibilidade deste ganho "fácil" não existe. Na verdade, isso mostra que existem duas formas básicas de ganhar com proventos: posicionamento de longo prazo na ação, se beneficiando de um fluxo de proventos, ou ter a sorte de comprar o papel pouco antes de um anúncio inesperado de proventos, o que geralmente acaba puxando para cima as cotações.




"No Free Lunch, My Friends!"


Movimentação Financeira - Carteira HM MAIO/2011

1- Dia 02/05/11:
- Compra de 100 DROG3 por 11,43 reais (novata na Carteira HM).
- Compra de 200 ELPL4 por 32,55 reais.


2- Dia 03/05/11:
- Compra de 100 DROG3 por 11,35 reais.
- Compra de 100 CIEL3 por 11,99 reais. 

3- Dia 04/05/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 22,82 reais.
- Compra de 100 BBAS3 por 27,95 reais.

4- Dia 05/05/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 22,88 reais.


5- Dia 06/05/11:
- Compra de 100 DROG3 por 11,66 reais.

6- Dia 09/05/11:
- Compra de 200 CSNA3 com PM de 22,75 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 31,65 reais.

7- Dia 11/05/11:
- Compra de 100 ELPL4 por 30,99 reais.

8- Dia 12/05/11:
- Compra de 200 ELPL4 com PM de 31,79 reais.
- Compra de 100 CSNA3 por 22,60.


9- Dia 13/05/11:
- Compra de 100 CIEL por 12,87 reais.

10- Dia 15/05/11:
- Previdência Privada no HSBC, aporte de 1.500,00 reais.


11- Dia 16/05/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 22,24 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 33,20 reais.


12- Dia 18/05/11:
- Compra de 100 BBAS3 por 27,28 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 32,51 reais.

13- Dia 19/05/11:
- Compra de 100 BBAS3 por 27,29 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 32,78 reais.


14 - Dia 23/05/11:
- Compra de 100 BBAS3 por 27,18 reais.
- Compra de 100 ELPL4 por 33,05 reais.
- Compra de 100 CIEL3 por 12,51 reais.
- Compra de 100 CSNA3 por 21,86 reais.


15 - Dia 25/05/11:
- Compra de 60 CIEL3 por 13,30 reais.


16- Dia 26/05/11:
- Compra de 100 DROG3 por 10,95 reais.
- Compra de 100 CSNA3 por 21,95 reais.
- Compra de 1000 cotas de FFCI11 por 1,68 reais.


17- Dia 27/05/11:
- Compra de 10 cotas de NSLU11B por 209,50 reais.

18- Dia 31/05/11:
- Compra de 100 CSNA3 por 21,88 reais.
- Compra de 1000 cotas de FFCI11 por 1,69 reais.
- Compra de 500 WHRL3 por 3,35 reais.
 
Atual saldo de Compras/Vendas/Aportes:

COMPRAS: 32.286,00 (ELPL4) + 4.539,00 (DROG3) + 4.535,00 (CIEL3) + 20.173,00 (CSNA3) + 10.970,00 (BBAS3) + 3.370,00 (FFCI11) + 2.095,00 (NSLU11B) + 1.675,00 (WHRL3) = 79.643,00 reais. 

VENDAS: 0,00 reais.

APORTES:  1.500,00 reais na Previdência Privada.

TOTAL: 81.143,00 reais de aportes feitos em Maio de 2011, até dia 23. Recebidos até agora 36.306,51 reais dos proventos de ELPL4, CSNA3, BBAS3, PETR4, FII e do Empréstimo a 1%. Ainda estão provisionados 1.972,08 reais de proventos a receber em 2011 de PETR4, sem data definida para sair (até nisso a PETR4 é um lixo). Todos os proventos  recebidos eu já transformei em novas ações. Portanto, coloquei 44.836,49 reais de dinheiro novo na Carteira HM este mês. Bolsa "NERVOSA", hora de boas escolhas e de ter calma.





"Construct your Future... the Time is Now"

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Valor Atual da Carteira HEAVY METAL - Abril de 2011 (D.C.)

 Descrição dos valores dos ativos da Carteira HM na presente data, 19/04/2011:

1- Ações: 726.939,00 reais.

2- Fundos Imobiliários: 279.537,00 reais.

3- Previdência Privada: 214.329,17 reais.

4- Empréstimo a 1% ao mês: 120.000,00 reais.

TOTAL: 1.340.805,17 reais.


 *Proventos recebidos: 2.341,94 (FII) + 1.200,00 reais (empréstimo) + 4.234,11 (proventos de CIEL3 e PETR4) = 7.776,05 reaisEste valor foi todo reaplicado em novas compras para a Carteira HM.

 No mês de Março a Carteira HM estava em 1.244.801,00 reais, portanto houve um aumento de 96.004,17 reais. Esse valor expressivo é devido mais aos aportes feitos (85.098,00 reais) que à valorização dos ativos em carteira (10.906,17 reais). Os aportes vieram de três fontes:

A- 7.776,05 reais (Juros + JCP + Dividendos supracitados).
B0,00 reais (venda coberta de opções).
C- 77.321,95 (dinheiro novo).
TOTAL: 85.098,00 reais.

 Para não haver erro no cálculo da valorização da CHM, só colocarei os valores dos aportes feitos e dos proventos recebidos entre 20/03/11 e 19/04/11 - um cuidado fundamental para evitar falsos valores.

 Em percentuais, a Valorização Bruta da Carteira HM (aportes + alta dos ativos em carteira) foi de 7,71%, sendo evidente que mais uma vez a força "bruta" desta valorização foi devida principalmente aos aportes feitos. Excluindo os aportes citados, a Valorização Líquida foi de 0,87% - no mês anterior foi de 4,78%.

 Antes que alguém saia copiando a carteira HM pela valorização atual, lembro que ainda estou recuperando prejuízo em PETR4 e para fins de idoneidade com os leitores e comigo mesmo, só considerarei LUCRO ao alcançar meu PM em PETR4. Por isso, a venda coberta de opções tem sido tão importante. Por esperar uma melhor taxa para vender na Série D e neste período PETR4 desabou, eu perdi duas vezes: no valor da Carteira HM e na chance de ter recebido entre 10 a 16 mil reais nas opções que deixei de vender - e viraram pó!!!

 Os FII deram um rendimento líquido de 1,03%, alta de 0,16 pontos % em relação ao mês anterior. Isso se deve muito as cotas do FII FEXC11B, que pagou nos últimos 4 meses dividendos acima de 1,58%. Entraram na Carteira HM: um novo FII, BCFF11B, mas ainda não recebi dividendos do mesmo; duas novas ações (WHRL3 e BBAS3). Novamente, fiz o reinvestimento de TODOS os proventos recebidos para que assim os juros compostos trabalhem a meu favor. Apesar da NABA que estou levando em PETR4, que caiu uns 3 reais por ação  nos últimos dias (x 16.000 ações = 48.000 reais de pimenta nos olhos), a forte alta de FEXC11B, FFCI11 e ELPL4 deu um equilíbrio na Carteira HM, que por pouco não negativou este mês. Até escrever este post, eu jurava que estava no vermelho. Que ótima surpresa ao contabilizar tudo e notar que ainda assim lucrei 0,87%!


 Eis a mágica do Asset Allocation: a gangorra tem um contra-peso a nosso favor. Mas nunca se esqueçam de que é fundamental escolher o que vai entrar no seu portfólio e a que preço (valor é outro assunto, não confundam preço com valor). Caso contrário, a gangorra afunda para o lado que te dá prejuízo!!! E tem gente que compra TOYB3 e outras porcarias e depois reza para ficar rico. Mês de Maio, novidade no portfólio: Títulos do Tesouro. Vou dar um reforço na Renda Fixa, quero chegar em Dezembro deste ano com pelo menos 4 a 5 mil reais por mês de renda passiva, sem contar com a venda de opções.




  
"Above the Black Clouds of Market, We Fly... Aces High!"