HEAVY METAL Investidor: Valuation
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sábado, 14 de maio de 2011

Lucro da Eletropaulo BOMBA no 1 Trimestre de 2011

 Segue o excelente resultado da Eletropaulo (ELPL3 e ELPL4) no Primeiro Trimestre de 2011. Sugiro aos amigos carinho com este ativo, tenho comprado sempre que possível e se o mesmo seguir neste "toque de caixa" nos lucros,  pode pagar entre 3 a 5 reais de proventos novamente na próxima vez que a ação ficar ex-proventos.











segunda-feira, 28 de março de 2011

O P/L e seu uso como PEG e YPEG

Avaliações baseadas no Lucro

Lucros por ação e o Índice P/L

 A forma mais comum de se avaliar uma companhia é através dos lucros. O lucro, ou lucro líquido, é o dinheiro em potencial que sobra depois da companhia pagar toda suas contas. Para comparar “maçãs-com-maçãs”, a maiorias das pessoas que procuram por lucros os avaliam na forma de lucro por ação ou LPA ("Earning Per Share", em inglês). 

 Para chegar ao valor de lucro por ação simplesmente divida o lucro da companhia pelo número de ações existentes; assim, se a companhia "ABC" possui um milhão de ações e conseguiu lucrar um milhão de reais nos últimos 12 meses, ela possui um lucro por ação passado (trailing” EPS) de 1,00 real. É chamado de “trailing” EPS porque considera os últimos quatro trimestres publicados – os três trimestres anteriores ao trimestre mais recentemente publicado.

  1.000.000,00 de reais
 --------------------------------- = 1,00 real de lucro por ação (LPA ou EPS)
   1.000.000 ações
 
 Os lucros por ação sozinhos não têm qualquer significado. A maioria dos investidores procura olhar para o lucro por ação em relação ao seu preço, empregando o Índice Preço/Lucro (P/L). O índice P/L pega o preço da ação e o divide pelo lucro por ação dos quarto últimos trimestres. Por exemplo, se a nossa companhia "ABC" estivesse sendo vendida por 15,00 reais por ação teria um P/L de 15.
  
 Preço por ação de 15,00 reais
------------------------------------   =  P/L 15
 1,00 real em LPA

P/L é o Cálice Sagrado?

 Existe uma grande quantidade de investidores que param de analisar um papel depois de  descobrir seu índice P/L. Sem nem querer olhar para qualquer outra forma de “Valuation”, esse grupo de investidores pula fora do ativo cegamente, armados apenas com um único índice, ignorando totalmente a vastidão de formas que constituem a análise fundamentalista. Popularizado por Ben Graham (que usa uma série de outras técnicas além do P/L baixo para encontrar valor), o índice P/L tem sido simplificado demais por aqueles que olham apenas para esse número. Esse tipo de investidor procura por ações de “baixo P/L”, que são companhias que possuem um preço muito baixo em relação aos seus lucros passados.

 Também chamado de “múltiplo”, o P/L tem sido mais comumente empregado em comparação com a taxa de crescimento de lucros por ação. Assumimos que uma companhia está próxima de seu preço justo quando o índice P/L é igual à taxa de crescimento de lucros por ação.

 No exemplo da Companhia "ABC", descobrimos que a companhia tem conseguido fazer crescer seus lucros a uma taxa de 13% ao ano, sugerindo que a um P/L de 15, a companhia esteja muito próxima de seu preço justo. Bons investidores acreditam que o Índice P/L só faz sentido quando empregado comparativamente com a taxa de crescimento de lucros. Se uma companhia perdeu dinheiro no último ano, ou sofreu um decréscimo em lucros por ação nos últimos 12 meses, o P/L se torna menos útil do que outros métodos de avaliação. No final, o índice P/L não deve ser visto isoladamente, mas sim dentro do contexto do crescimento para evitar que venhamos incorrer em erros.

Ações com baixo P/L são realmente baratas?

 Com o advento de filtros computadorizados (“screening”) e de bancos de dados de ações, encontrar ações com P/L baixo tem sido cada vez mais difícil. Quando Ben Graham formulou muitos dos seus princípios de investimento, as pessoas tinham que procurar manualmente por centenas de tabelas de ações para localizar papéis com P/Ls baixos. Hoje em dia, tudo que você tem que fazer é apertar alguns botões de um banco de dados on-line para obter uma lista do tamanho dos seus braços.
 Os filtros aumentaram a eficiência do Mercado. Hoje em dia, quando você vê uma ação com P/L baixo, mais do que nunca, elas devem estar merecendo um P/L baixo porquê suas perspectivas futuras são questionáveis. Um investidor inteligente avalia uma companhia baseado nas suas perspectivas futuras e não na sua performance passada, ações com baixo P/L normalmente possuem nuvens negras circulando seu futuro. Isso não quer dizer que você não consiga encontrar ações espetaculares com P/L baixo, que o Mercado não reconheceu ainda – você pode, e acontece toda hora. O que você necessita é confirmar o valor existente nessas companhias aplicando outras técnicas de avaliação.

O PEG e o YPEG

 O uso mais comum do P/L é o "PEG", (P/E and growth ratio – ou seja, P/L dividido pela taxa de crescimento de lucros) e o "YPEG", (P/L estimado para o próximo período dividido pela taxa de crescimento de lucros). 

 O PEG simplesmente pega a taxa estimada de crescimento de lucro ao ano e compara com o preço da ação no mercado. Uma vez que é o lucro futuro que faz uma companhia ter valor para um comprador ou acionista, procurando por dividendos ou fluxo de caixa livre para recompra de ações no mercado, o resultado acaba sendo intuitivo. Olhar apenas para o P/L passado é como dirigir olhando para o retrovisor.

Se é esperado que uma companhia venha a crescer 10% ao ano pelos próximos 2 anos e ela possui um P/L de 10, então terá um PEG de 1,0.

         P/L de 10
 ---------------------------------     =   PEG 1,0 
 Crescimento de 10% em LPA 


 Um PEG de 1,0 sugere que a companhia esteja avaliada justamente. Se a companhia no exemplo acima apresentasse um P/L de 5, mas fosse esperada crescer 10% ao ano, teria um PEG de 0,5 – indicando que estaria sendo vendida pela metade (50%) do seu preço justo. Se a companhia apresentasse um PEG de 2,0, estaria sendo vendida pelo dobro do que vale, considerando-se que o P/L deva ser igual a  taxa de crescimento de lucro por ação (LPA ou EPS).

 Enquanto o PEG é mais empregado em companhias de crescimento (growth companies), o "YPEG" é mais utilizado para avaliar companhias grandes, e bem estabelecidas. O YPEG utiliza as mesmas premissas do PEG, mas procura em números diferentes. Como a maioria das corretoras estima a taxa de crescimento para 5 anos, ele é uma estimativa do múltiplo justo para uma companhia no futuro. Assim, se o P/L atual de uma companhia é de 10, mas os analistas esperam que a companhia cresça 20% nos próximos 5 anos, YPEG é igual a 0.5 e a companhia parece estar barata de acordo com essa medida. Como de praxe, devemos olhar o PEG e o YPEG juntos de outras medidas de valor e não considerá-lo como uma máquina mágica de fazer dinheiro.

Múltiplos 

 Embora o PEG e o YPEG sejam úteis, ambos supõem que o 
P/L deva se igualar à taxa de crescimento de lucros por ação. Infelizmente, no mundo real não é sempre assim que as coisas acontecem. Muitos apenas olham para a projeção de lucros futuros e estimam que múltiplo justo alguém estaria disposto a pagar pelo papel. Por exemplo, se a companhia  "ABC" fosse vendida historicamente a 10x seus lucros e estivesse sendo vendida atualmente por 7x porquê ficou abaixo das estimativas dos analistas naquele único trimestre, seria razoável comprar a ação com a expectativa que ela voltasse ao seu múltiplo histórico de 10x, se a sua queda de lucros naquele trimestre fosse apenas uma anomalia de curto prazo.

 Quando projetamos múltiplos justos para uma companhia baseado em lucros futuros estimados, começamos a fazer previsões daquilo que pode acontecer no futuro. Embora possamos pesquisar extensamente, de modo a que o risco de estarmos errados seja mínimo, ele sempre existirá. Se apenas uma das hipóteses que fizermos estiver errada, o papel acabará não indo para o lugar que esperávamos que ele fosse. Dito isso, se a maioria dos investidores e companhias lá fora estiverem empregando a mesma estratégia, fazendo suas próprias estimativas também, na pior das hipóteses não estaremos sozinhos.

 Uma modificação na abordagem do múltiplo é determinarmos a relação entre o P/L da companhia e o P/L médio do Ibovespa Se a companhia "ABC" tem sido comercializada a 150% do Ibovespa, e o Ibovespa está atualmente em 10, muitos investidores acreditam que a companhia deveria estar sendo comercializada a um P/L justo de 15, assumindo que nada mudou. Essa relação histórica requer alguns bancos de dados e planilhas sofisticadas que não são largamente utilizadas por investidores individuais, embora muitos administradores de recursos empreguem essa abordagem.

 Os dados fundamentalistas das empresas da Bovespa (P/L, PEG, PSR entre outros) podem ser acessados gratuitamente no site "ComDinheiro".

"Take Care of Your Money!"




domingo, 27 de março de 2011

Como avaliar uma ação pelo PSR (Price to Sales Ratio).

 Avaliação de uma Ação baseada em Vendas

Valuation: O Índice Preço/Vendas (PSR)

 Toda vez que uma companhia vende alguma coisa aos seus clientes está gerando receitas. Receitas são as vendas recebidas pela companhia pelo fornecimento de bens ou serviços. Não importa se a companhia conseguiu ou não fazer dinheiro ano passado, sempre haverá receitas. Mesmo as companhias que estão perdendo dinheiro temporariamente, ou possuem lucros deprimidos devido a circunstâncias de curto-prazo (como o desenvolvimento de produtos ou aumento de impostos), ou que sejam relativamente novas em um segmento de alto crescimento, serão normalmente avaliadas por suas vendas e não pelos seus lucros.

 As avaliações baseadas em receitas são efetuadas por intermédio do índice Preço/Vendas, ou simplesmente "PSR" (em inglês, Price to Sales Ratio). Os Sites Economática e Fundamentus apresentam o PSR das ações em suas páginas.

 
 O índice Preço/Vendas (ou PSR) pega a capitalização de Mercado da companhia e divide pelas receitas dos 12 últimos meses. A capitalização de Mercado é o valor atual da companhia obtido multiplicando-se o preço da ação no mercado pelo número de ações existentes. Esse é o preço pelo qual o mercado está avaliando a companhia. Por exemplo, se a Companhia "ABC" possui dez milhões de ações que custam 10 reais cada uma, então sua capitalização de mercado é de 100 milhões de reais (10.000.000 de ações x 10,00 reais).

 Alguns investidores são ainda mais conservadores e somam as dívidas de longo prazo da companhia ao valor de mercado para chegar a capitalização de mercado. A lógica aqui é que se você for adquirir a companhia, assumirá também suas dívidas, pagando, por conseqüência, esse valor a mais. Isso evita comparar PSRs de duas companhias em que uma tem uma dívida enorme empregada no sentido de aumentar suas vendas e outra com vendas menores mas que, em compensação, não assumiu nenhuma dívida perigosa.

Capitalização de Mercado = (Nº de Ações x Preço da Ação) + Dívidas de Longo Prazo

 O próximo passo para calcular o PSR é somar as receitas dos últimos quarto trimestres, e dividir esse número pela capitalização de mercado. Digamos que a Companhia "ABC" tenha conseguido 200 milhões de reais em vendas nos últimos quatro trimestres e atualmente não possua qualquer dívida de longo prazo. O PSR será então:





           (10.000.000 ações x 10,00 reais) + (*valor das dívidas de LP)

PSR =  ---------------------------------------------------------------------------   =     0,50

              200 milhões de reais de vendas em 12 meses

* Considerando-se que a dívida de longo prazo da empresa é igual a zero, apenas para facilitar o exemplo.

 Uma companhia sempre considera o "PSR" antes de fazer a aquisição de outra empresa. Se você já viu um negócio ser fechado em cima do "múltiplo de vendas”, já viu o PSR em uso. Como essa é uma forma legítima de uma companhia avaliar uma aquisição, muitos simplesmente extrapolam esse conceito para o Mercado Acionário e o empregam para avaliar uma empresa .

Usos do PSR

 Da mesma forma que o PEG e o YPEG (discutirei em outro post), quanto menor o PSR, melhor. Ken Fisher, que é o mais conhecido pelo emprego do PSR para avaliar ações, procura por empresas com PSR inferiores a 1,0 para encontrar ações que o mercado esteja subavaliando. Essa é a aplicação mais comum do PSR e é realmente um excelente indicador de valor de acordo com o trabalho efetuado por James O'Shaughnessey em cima do banco de dados da S&P's CompuStat.

 
 O PSR é também uma excelente ferramenta para se utilizar quando uma companhia não conseguiu fazer dinheiro em determinado ano. A menos que a companhia venha a falir, o PSR pode nos informar se as vendas estão sendo feitas com desconto em relação a seus concorrentes. Se a Companhia "ABC" perdeu dinheiro ano passado, mas possui um PSR de 0,5 enquanto as outras companhias da mesma indústria possuem um PSR de 2,0 ou maior, você pode assumir que se ela conseguir dar a volta por cima e começar a fazer dinheiro de novo, terá uma maior tendência de alta elevando seu PSR para ficar em linha com de seus concorrentes. Existem, por exemplo, alguns anos de recessão em que nenhuma das montadoras de automóveis fez dinheiro. Isso quer dizer que nenhuma delas tem valor, e que não é possível fazer comparações entre elas? Não, você só precisa empregar o PSR ao invés do P/L para saber quanto você estaria pagando por um dólar de vendas, ao invés de um dólar de lucro. 

 Outro uso comum do PSR é para comparar companhias dentro de um mesmo setor,  empregando o PSR junto com o P/L para confirmar valor. Se uma companhia possui baixo P/L, mas alto PSR pode ser um alerta para o investidor de que ocorreu uma anomalia nos lucros (lucro não recorrente) nos últimos trimestres e que está elevando o Lucro por Ação excepcionalmente. Finalmente, as companhias novatas e de setores que estão "na moda" são sempre precificadas baseadas nos múltiplos de vendas e não nos múltiplos de lucros.
 Portanto, a sugestão é que se procure empresas com PSR abaixo de 1 e também que o indicador seja utilizado para comparar empresas de um mesmo ramo (p.ex, energia elétrica) a procura da empresa que tenha o menor PSR. Claro que não deve ser utilizado de forma isolada na análise de uma ação a ser comprada, pois como todo indicador que está aparentemente MUITO BOM ele pode na verdade estar escondendo sérios problemas na empresa que está sendo avaliada como uma "pechincha"...

 Um bom atual exemplo de baixo PSR na Bovespa é o caso da ELETROPAULO (ELPL3/ELPL4). Semana passada, seu PSR estava em 0,62 com a ação cotada a 32,50 reais. Com o último preço de ELPL4 a 35,00 reais o PSR subiu para 0,67 - que mesmo assim está bem atrativo.

 Em tempo: Sou acionista da ELETROPAULO e minhas avaliações NÃO SÃO INDICAÇÕES DE COMPRA DE ATIVOS!!! Cada un que tome suas próprias decisões!!!







"See foward, choose wisely"



domingo, 13 de março de 2011

Os dez mandamentos do Investidor, na visão de Lírio Parisotto

  Este post pode ser encontrado facilmente numa busca pelo Google, mas creio que muitos não conhecem o Sr. Lírio Parisotto e sua trajetória épica na Bolsa de Valores brasileira. Vale a pena ler e reler o texto, que serve de aprendizado aos novatos e de alerta aos afoitos.

Os Dez Mandamentos do investidor, na visão de Lírio Parisotto

 Lirio Albino Parisotto, empresário nascido em Nova Bassano, interior do Rio Grande do Sul, já foi agricultor, seminarista, bancário, médico, comerciante. O hoje proprietário da Videolar, empresa líder no mercado brasileiro em DVDs e Blu-ray, é um dos maiores investidores pessoa física da Bovespa.

 O início de Parisotto no mercado de ações ocorreu em 1971, quando ele venceu um concurso de monografias organizado pelo Ministério do Exército. O prêmio, uma quantia em dinheiro equivalente ao valor de um Fusca, foi todo aplicado na Bolsa - e, em pouco tempo, o investimento foi todo perdido. Sem formação em economia ou no mercado acionário, o empreendedor leu muito sobre como investir e, apesar do primeiro fracasso, não desistiu. Quinze anos depois entrou novamente no pico do mercado, investiu US$ 500 mil na bolsa – parte do capital da Videolar, empresa ainda em seu início – e perdeu 40% da aplicação. Mas não desanimou. No início dos anos 1990, com um investimento de US$ 2 milhões (em valores da época) e uma meta fixa para sair do mercado assim que o valor dobrasse, aplicou novamente em ações. Após um ano, conseguiu US$ 8 milhões de retorno.

 Com o investimento bem sucedido, o empresário recuperou os prejuízos anteriores e comprou a participação de seu sócio na Videolar. Depois de um período sem investir, Parisotto aplicou, em 1998, US$ 6 milhões e formou sua carteira de 11 empresas, sempre reinvestindo os dividendos e aplicando mais dinheiro para aumentar o portfólio acionário. 

 Na crise financeira de 2008, o investidor – que perdeu R$ 1 bilhão em cinco meses – conseguiu se recuperar rapidamente. Não vendeu suas ações e aproveitou o momento para comprar, aplicando R$ 300 milhões. Seu patrimônio cresceu com a retomada da economia. Em sua carteira estão empresas dos setores de siderurgia, mineração, energia e bancário.

 Esse longo histórico de sucessos, mas também de fracassos, fez Parisotto elaborar seus dez mandamentos para quem investe em ações. E é um decálogo de respeito: o empresário é dono de um patrimônio superior a R$ 2 bilhões na Bolsa.


Dez mandamentos para o investidor 

1. Não perca tempo com a Oferta Pública de Ações (IPOs, na sigla em inglês)
 “As empresas que abrem seu capital representam uma aventura para o investidor. Muito se gasta na contratação de bancos, impressão de materiais para a divulgação e anúncios em jornais, mas o lucro posterior nem sempre será representativo", diz Parisotto sobre os IPOs, sigla em inglês para oferta pública inicial de ações. "Não vou dizer que todos são negócios ruins. Há exceções, mas são poucas”.
2. Não diversifique sua carteira de ações
 Segundo Parisotto, há pouca diferença de rentabilidade entre as empresas. "Somente duas ou três são expressivas", afirma. Para escolher os melhores empreendimentos é importante analisar os balanços, a evolução dos produtos no mercado e conferir a atitude dos executivos. "Tenho 12 ações porque não tenho personalidade para ter duas. Quanto mais diversificada for sua carteira, maior será a prova de que não acredita naquilo que está comprando", afirma. "Além disso, investir de modo mais direcionado permite que você acompanhe melhor cada uma". (Na carteira da Geração Futuro, que administra os investimentos de Parisotto, estão presentes 14 papéis: Bicbanco, Bradespar, Banco do Brasil, Celesc, Cielo, Eletropaulo, Eternit, Grendene, Randon, Redecard, CSN, Tecnisa, Transmissão Paulista e Usiminas).
3. Fuja de ações dos setores aéreo e varejista
 "A maioria das empresas do setor aéreo – tanto no Brasil como exterior - não teve um bom desempenho e precisou de ajuda do governo. Outras faliram. E o comércio varejista não tem proteção, sofre muitas oscilações", afirma o empresário. Já entre siderúrgicas e companhias elétricas, diz ele, é muito difícil encontrar alguma que quebrou.
4. Fique longe de empresas que tenham sede em países exóticos
 “É um absurdo que empreendimentos no Brasil tenham sede nas Bahamas, por exemplo", afirma. "Imagine a dificuldade para analisar essa empresa criada em outro país, ou mesmo de uma que se transfira para o exterior para depois abrir capital aqui. É perigoso”.
5. Não compre ações de empresas que deem prejuízo
 Esse mandamento pode parecer óbvio, mas não é, segundo o megainvestidor. "Muitas pessoas investem nelas porque suas ações estão mais baratas, mas isso não é interessante. Empresa que dá lucro não quebra e não fica se explicando aos investidores pelo prejuízo dado”.
6. Ter liquidez é fundamental
 Quando você faz seus investimentos em empresas que ficam dias sem negociar, terá problemas, acredita ele. Mesmo quando quiser gastar não conseguirá comprar as ações. Imagine, então, a dificuldade na hora de vender os papéis, sugere.
7. Procure ações boas e baratas
 Ações com preço baixo são facilmente encontradas, mas qualidade é outro caso. Não adianta dizer que a empresa é boa se é preciso esperar 50 anos de lucro para chegar ao preço dela no mercado. "Fuja dessas”, recomenda.
8. Faça as próprias avaliações
 “Seguir loucamente boatos sobre o mercado é muito arriscado. No movimento de queda da bolsa, às vezes não há motivo para vender as ações, desde que sejam feitas análises e avaliações corretas dos números da companhia em longo prazo", afirma ele. Se não quiser avaliar, contrate alguém que faça isso por você.
9. Tenha coragem na baixa do mercado e controle a ganância na alta
 Quando o mercado cair e os preços das ações ficarem reduzidos, não venda suas aplicações desesperadamente, recomenda o veterano investidor. Controle o medo e coloque mais dinheiro, esse é o momento de investir.
10. Aposte num azarão
 "Fazer investimentos também pode ser uma fonte de diversão", diz. "Apostas diferentes do convencional proporcionam novos desafios e possibilidades".