HEAVY METAL Investidor: junho 2025

sábado, 14 de junho de 2025

Jamais confie em aposentadoria pelo INSS: só você pode se aposentar dignamente!

(Post republicado e nunca foi tão atual) Boa noite, macacada! Acabo de chegar da Suíça, de férias com minha esposa, acordei as 11:30 horas (adoro acordar tarde no Domingo) e fui direto pro computador para escrever este post, o qual já havia decidido escrever durante a minha viagem - claro, só faria isso ao final da mesma.


 No dia 17/10/19, vi este post no site INFOMONEY (LINK: Quanto dinheiro você deve ter guardado em cada idade para a aposentadoria) e fiz questão de ler o mesmo. Afinal, teoricamente falava de alguma maneira sobre IF e educação financeira. Postarei os prints das imagens do referido post, datado como 05/06/19 no site citado, com meus comentários a seguir. Sigam meu raciocínio, por favor.

terça-feira, 3 de junho de 2025

Os pobres moram dentro de nossas casas

Reclamar de falta de dinheiro é um esporte nacional no Brasil. Pelo menos, ao meu redor, a sensação que tenho é essa. Isso, independente de época ou governo. Lembrando do ótimo livro "O Milionário Mora ao Lado (Thomas J. Stanley/William D. Danko)", o qual vou morrer recomendando a quem não leu, que leia, percebi também que "os Pobres moram dentro de nossas casas". Parece sem sentido? Mas logo verão que tem lógica esta afirmação.


Sejam pessoas com 3 carros novos importados na garagem do meu prédio ou o nosso porteiro. Hoje, este morador do meu prédio (dos 3 carros) que era um grande empresário, faturamento de milhões numa empresa de bebidas, faliu e vendeu o apartamento, pois nem o condomínio tinha mais como pagar. Era rico “de mentirinha”.

Colegas de profissão meus, com mais de 55 anos de idade, reclamam do mercado e trabalham duro para se sustentar. Tenho dó, pois alguns ainda sustentam "filhos carrapatos", com mais de 30 anos, as vezes casados e que tem seus próprios filhos.

Um dos meus amigos, sujeito espetacular, tem um filho de 40 anos de idade que é... petista. O post não é sobre política, acreditem, mas fatos são fatos. Vamos chamá-lo de "Ademar". Certo dia, Ademar me disse: "acho bacana sua mentalidade política e de investimentos, você sendo mais novo que eu me renova as esperanças". Para resumir, acabou desabafando que seu filho mais velho (casado e com um filho) era petista desde a faculdade (universidade federal), que mal conseguia um emprego onde ficasse nele, há anos; e que ele vivia lhe pedindo dinheiro de rotina, também desde sempre. E que o filho não aceitava críticas sobre ideologia política.

Perguntei por que ele ainda dava dinheiro para ele, sendo que socialistas não precisam do "vil metal". Claro, a resposta foi que como era seu filho, o coração "doía se não ajudasse". De forme educada, disse a ele: "Ademar, todo filho socialista é sustentado por pais trabalhadores e capitalistas. A culpa é sua e de sua esposa, meu amigo". Ele de rosto triste, disse que eu tinha plena razão. De forma justa, cito que conheço casos de filhos sem nenhuma ideologia política e que também são parasitas dos pais, avós, tios, mesmo sendo adultos com mais de 30 anos e barba na cara. Estes "filhos carrapatos" sugam o dinheiro, a energia, a vida, a aposentadoria e a felicidade de seus parentes que assim o permitem que façam. De quem é a culpa?

Excluindo os casos reais de filhos, sobrinhos e netos bandidos, que ameaçam e batem em idosos de sua família e tomam seu dinheiro para os mais variados fins - aqui, a impunidade, o medo e a violência doméstica são as armas desses calhordas - a culpa deste tipo de comportamento é dos pais ou dos criadores.

Pais não são obrigados a dar dinheiro a seus filhos. Nossa obrigação é dar amor, educação, casa, comida, saúde e orientá-los para a vida. Temos que ter uma relação saudável, amigável, fiel e frutífera para todos. E aí que entram a falta de educação regular e financeira dos pais, a qual é passada de "modelo" (monkey see, monkey do) para seus filhos que se tornam meros usuários do dinheiro sem esforço. O filho pediu a bicicleta mais cara? Papai compra, mesmo tendo uma ótima mais barata. A filha quer o vestido mais caro? A mamãe compra! Isso, mesmo com notas ruins na escola ou se comportando mal no dia a dia.

A mistura da sensação da falta de obrigações e de responsabilidade, da falta de punição, somada com a premiação em dinheiro e coisas que agradem a criança, gera o meio perfeito para criarmos parasitas ao invés de cidadãos conscientes: eis que nascem os pobres, dentro de nossas casas. "Meus pais são ricos, tenho tudo que quero e na hora que quero; é só pedir", pensa aquela criança que não sabe de todo o empenho e trabalho que ocorreu, para que seus desejos fossem atendidos.

Lendo hoje um artigo no Infomoney, vi um texto bacana sobre a relação entre padrão de vida e felicidade (não são diretamente proporcionais). A certa altura, diz o texto:

"Aladdin, o pobre ladrão de bom coração, tem a sua vida transformada no dia em que liberta o gênio de sua lâmpada mágica. Ele tem direito a três desejos e pode pedir basicamente o que desejar – exceto mais desejos.
Sua reação? 
- Por que apenas três?, perguntou ao gênio... Para quem não tinha direito a desejo nenhum, sua perspectiva muda rapidamente."

Assim é o ser humano, independente de onde mora, de sua cor, sexo, etc. Se não ouvirem o "não" na idade e na hora certa, se não tiverem exemplos dentro de casa no dia a dia, se não souberem que seus atos tem consequências, que o cartão de crédito não é "dinheiro mágico", estamos criando "filhos carrapatos" e que nos sugarão o resto de nossas vidas. E quem tem mais, invariavelmente quer mais.

Como certa vez, meu filho aos 6 anos disse que para pagar as coisas, era só usar o cartão... Percebem a visão errônea, mesmo que inocente, das crianças? Coube a mim explicar que se ele tivesse um cartão de crédito, teria "zero de dinheiro" nele, justamente por que não trabalhava. A idéia do "cartão mágico" morreu ali mesmo e sem direito a lápide.

Só podemos dar educação financeira se primeiro dermos educação básica de qualidade, pois no mínimo as crianças precisam saber matemática (coisa rara no Brasil). Depois, ensinar princípios de vida, dando o exemplo no dia a dia as mesmas, como a não gastar mais do que se ganha, ensinar a poupar para o futuro, a não comprar as coisas apenas por comprar (consumismo). Ensinar o valor e o preço das coisas, ambos são importantes. Ensinar valores morais, nunca se esqueçam disso!

Feito isso, vem a educação financeira, que pode começar cedo também (o AA40 tem um post novo bem legal, sobre EF para crianças), de forma gradativa e de acordo com a idade delas.



Sugiro a leitura deste belo post (Pare de sustentar filhos adultos. Não comprometa sua aposentadoria), do Blog do Clube dos Poupadores. Parte do texto:


Agora a frase "os pobres moram dentro de nossas casas", te faz algum sentido? Temos duas pobrezas: uma financeira e outra espiritual, sendo que a segunda leva a primeira com muita facilidade. Você pode combater as duas, ao educar a si mesmo, aos seus filhos e cônjuge quanto ao assunto independência financeira. Quem não se educa ou também não educa a família desde cedo, verá sua aposentadoria ser comprometida sustentando marmanjos, como ficou bem claro no texto do Blog do Clube dos Poupadores.

Creio que não é isso que deseja para si mesmo, muito menos para seus filhos. Não seja você o sabotador do seu futuro - e deles! Faça uma análise de sua família (parentes inclusive) e veja se não há idosos sustentando filhos e netos. Essa história, eu conheço.

Para rir um pouco... KKKK