No Brasil, as empresas de energia elétrica são tradicionais pagadoras de bons dividendos há anos. O negócio funciona de uma maneira simples: após o investimento inicial na produção da energia e nas redes de transmissão, o investimento restante passa a ser na manutenção do sistema já montado (ou ampliação). O produto - energia elétrica - é de uso vital, independente do país / continente e praticamente ninguém hoje vive sem usar a mesma todos os dias. Se o usuário não paga sua conta, tem a energia cortada e ponto final. Os reajustes das tarifas de energia muitas vezes são iguais ou superiores à Inflação.
"Telefônicas e elétricas não têm mercadoria física, estoque ou produção. O que elas vendem, cobram no fim do mês. Se você não pagar, o serviço é cortado. Por esses motivos, a geração de caixa é grande e regular", diz o professor Alexandre Assaf Neto, da Fipecafi e do Instituto Assaf. Essas empresas também têm acesso a fontes de financiamento de longo prazo com taxas de juros bastante atraentes. "Em geral, elas quitam empréstimos do BNDES em prazos que variam de 5 a 15 anos. Assim, fazem investimentos pesados, pagam por isso ao longo do tempo, mas geram faturamento imediato pelo tipo de bem que oferecem", diz Assaf. Como a necessidade de reinvestir não cresce consideravelmente, a estrutura já montada para a construção de uma hidrelétrica, por exemplo, será capaz de prover o serviço dali para frente sem a necessidade de grandes injeções financeiras. Exatamente por isso, essas empresas tendem a sofrer menos nos momentos de crise, são empresas com "Fluxo de Caixa" bem definido.
Num mundo globalizado, onde a procura de matrizes energéticas limpas, renováveis e eficazes cada vez mais torna-se uma importante meta dos países desenvolvidos, o CARRO ELÉTRICO hoje já é realidade no Japão e nos Estados Unidos. Alguém tem dúvida da chegada dos mesmos aqui no Brasil, em específico em São Paulo, nos próximos anos? Da construção de "Postos de Abastecimento de Energia Elétrica para Veículos Automotores" ??? (nem todos terão condição de recarregar seus carros em casa, com certeza). Isso implica em um aumento acima da média no consumo do produto citado, que já tem uma grande demanda atualmente as custas do crescimento econômico do Brasil. Com a chegada dos carros movidos a energia, que é limpa e renovável, só posso esperar bons retornos investindo em Companhias como Eletropaulo, AES Tietê, CPFL, Coelce, Cemig entre outras.
O texto a seguir foi copiado do site da "ABRACE" - Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres:
02/02/2011
Reajuste de energia elétrica será de 11% em média, decide Aneel
A temporada de reajustes tarifários de energia elétrica para as 64 distribuidoras de energia no País foi iniciada ontem com as primeiras autorizações de majoração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste médio para os consumidores de baixa-tensão (como os residenciais) e de alta-tensão (como, por exemplo, a indústria) ficaram superiores a 11% neste primeiro bloco de aumentos que passam a valer a partir de amanhã, sexta-feira (4) e segunda (7), de acordo com a distribuidora.
No total, quase 630 mil consumidores em 58 municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e Espírito Santo passarão a pagar a mais pela energia elétrica. A tarifa é formada por 26 componentes, que vão desde a eletricidade consumida, os encargos setoriais, as tarifas de transmissão, a parcela da energia comprada de Itaipu, e os tributos, entre outros itens.
De acordo com o assessor em energia elétrica da associação de grandes consumidores de energia, Abrace, Fernando Umbria, ainda não é possível definir a participação dos encargos nesses reajustes, mas ele disse que como a variação entre um ano e outro não é grande, os valores de 2010 devem se repetir este ano. Ou seja, somente com a Conta Consumo de Combustível (CCC) os consumidores brasileiros terão de pagar R$ 5 bilhões entre os mercados livre e cativo, sendo que para este último o encargo aprovado pela Aneel foi de R$ 4,76 bilhões em 2010.
"Essa é apenas uma parte; em números preliminares, os encargos de 2010 somaram R$ 17 bilhões", afirmou ele. "Com certeza, para 2011 somente a CCC ultrapassará os R$ 5 bilhões para os consumidores dos ambientes livre e regulado", estimou o assessor da Abrace, que lembrou ainda que ao somar todos os encargos e os tributos temos cerca de 50% do valor da conta de energia.
Em São Paulo estão os maiores reajustes. Para os consumidores de baixa-tensão da Companhia Paulista de Energia Elétrica (CPFL Leste Paulista) o aumento será de 16,03%, enquanto para alta-tensão será de 17,3%. Na Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz) a alta será de 13,48% para os clientes residenciais, e de 19,26% para os industriais. Já para a Companhia Luz e Força de Mococa (CPFL Mococa) os reajustes para baixa-tensão é de 9,95% e de 9,37% para alta. Na Companhia Jaguari de Energia Elétrica (CPFL Jaguari) o reajuste será de 6,93% para baixa-tensão e de 6,45% para alta-tensão. Por fim, na Companhia Sul Paulista de Energia Elétrica (CPFL Sul Paulista) os reajustes serão de 6,7% e de 7,89% para consumidores residenciais e industriais, respectivamente.
Já no Espírito Santo a Luz e Força Santa Maria (ELFSM) elevará a tarifa na sexta-feira (4). O índice médio aprovado foi de 9,5% para baixa-tensão e de 10,35% para os consumidores de alta-tensão. Na Paraíba, a Energisa Borborema aplicará um reajuste médio de 14,92% para os de baixa-tensão e de 13,22% aos de alta-tensão. Ainda ontem, a diretoria da Aneel aprovou a abertura de uma audiência pública para discutir procedimentos provisórios até a conclusão da metodologia do terceiro ciclo de revisão tarifária.
"HIGH VOLTAGE" E aí? Que tal ser sócio destas empresas? |
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