HEAVY METAL Investidor

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Leitura obrigatória para se chegar ao primeiro milhão

 O caminho da independência financeira passa obrigatoriamente pelo controle do orçamento mensal, independente de quanto se ganha por mês. Já ganhei muito e gastava 100% do meu ganho, apesar de estar na época pagando meu imóvel (que na verdade, é um passivo enquanto eu nele morar).


 Não existe o "investidor", sem antes existir o "poupador". Tem dois livros que li e gostei MUITO e indico a qualquer um que queira realmente se tornar um milionário - algo bem factível, num prazo de 10 a 20 anos, para quem tem uma boa taxa de poupança e faz aportes razoáveis mensalmente, vive de forma frugal e aplica em bons investimentos. São eles: "O milionário mora ao lado" e "A mente milionária", ambos dos autores Thomas J. Stanley e William Danko.






 Não são livros de auto-ajuda: são livros de ensinamentos reais e baseados em pesquisas feitas com os mais variados tipos de milionários americanos - muitos deles, a maioria das pessoas que os conhecem, nem sabem ou imaginam o quanto são ricos. Livros de leitura fácil, que prendem sua atenção até a última página. O engraçado, é que ao ler os livros você passa a observar as suas atitudes financeiras e exemplos de "PAR" e "SAR" entre seus amigos, conhecidos e dentro da sua própria família (inclusive, você mesmo!). Uma resenha de "O milionário mora ao lado":





 "Qual é a imagem que você tem de um milionário? Um cara cheio da nota, dirigindo um carrão, comendo nos lugares mais caros, comprando as roupas mais caras, certo? Mas você está totalmente errado! Thomas Stanley e William Danko passaram mais de 25 anos estudando o comportamento dos milionários dos EUA. Um estudo realmente sério, contendo entrevistas e análises minuciosas. O resultado: o milionário americano típico não tem carrão, não mora numa casa luxuosa, não almoça em restaurantes caros e tão pouco compra roupas de grife famosas e caras. O estudo mostra que os verdadeiros milionários, são pessoas que passam despercebidas no meio da multidão, e daí o título "O Milionário Mora ao Lado".

 Mas o que dizer dos esbanjadores, dos ricaços que têm carrões, almoçam todo dia em restaurante francês e só compram roupas de grife? Segundo os autores, esses indivíduos não são milionários, mas sim profissionais com uma alta receita e, ao mesmo tempo, um alto padrão de gastos. Os autores classificam essas pessoas como "SAR" - Sub Acumulador de Riqueza. Já os verdadeiros milionários - classificados pelos autores como "PAR", Prodigioso Acumulador de Riqueza - levam um estilo de vida que permite que eles juntem dinheiro (e não gastem tudo, ao contrário do SAR).

 Assim, é muito comum um milionário inclusive ter um salário menor que um SAR esbanjador, como um bem sucedido médico ou advogado, por exemplo. Se esse SAR perder o emprego ou não puder mais exercer sua profissão, ele perde tudo de um dia para o outro, ao passo que um verdadeiro milionário não precisa mais trabalhar pelo resto da vida (muito embora, as estatística mostram que os milionários continuam trabalhando ativamente mesmo não precisando).

 O livro apresenta ainda um cálculo muito simples para saber se você é um PAR ou um SAR, usando a sua idade e o nível de riqueza esperado. Este livro (título original: The Millionaire Next Door) é freqüentemente citado nos livros do nosso ídolo Robert Kiyosaki e lendo ele fica muito claro que este livro foi uma das principais fontes de inspiração para Kiyosaki escrever "Pai Rico, Pai Pobre". Se você é fã do "Pai Rico, Pai Pobre", você irá adorar "O Milionário Mora ao Lado". Se você não leu a obra prima de Kiyosaki, ficará difícil entender algumas coisas em "O Milionário Mora ao Lado", por causa da tradução." 

 Desejo uma boa leitura aos que seguirem a dica. Links para comprar os livros:


Energia Elétrica: uma visão futurística ou lucros a vista???

 No Brasil, as empresas de energia elétrica são tradicionais pagadoras de bons dividendos há anos. O negócio funciona de uma maneira simples: após o investimento inicial na produção da energia e nas redes de transmissão, o investimento restante passa a ser na manutenção do sistema já montado (ou ampliação). O produto - energia elétrica - é de uso vital, independente do país / continente e praticamente ninguém hoje vive sem usar a mesma todos os dias. Se o usuário não paga sua conta, tem a energia cortada e ponto final. Os reajustes das tarifas de energia muitas vezes são iguais ou superiores à Inflação.
"Telefônicas e elétricas não têm mercadoria física, estoque ou produção. O que elas vendem, cobram no fim do mês. Se você não pagar, o serviço é cortado. Por esses motivos, a geração de caixa é grande e regular", diz o professor Alexandre Assaf Neto, da Fipecafi e do Instituto Assaf. Essas empresas também têm acesso a fontes de financiamento de longo prazo com  taxas de juros bastante atraentes. "Em geral, elas quitam empréstimos do BNDES em prazos que variam de 5 a 15 anos. Assim, fazem investimentos pesados, pagam por isso ao longo do tempo, mas geram faturamento imediato pelo tipo de bem que oferecem", diz Assaf. Como a necessidade de reinvestir não cresce consideravelmente, a estrutura já montada para a construção de uma hidrelétrica, por exemplo, será capaz de prover o serviço dali para frente sem a necessidade de grandes injeções financeiras. Exatamente por isso, essas empresas tendem a sofrer menos nos momentos de crise, são empresas com "Fluxo de Caixa" bem definido.
 Num mundo globalizado, onde a procura de matrizes energéticas limpas, renováveis e eficazes cada vez mais torna-se uma importante meta dos países desenvolvidos, o CARRO ELÉTRICO hoje já é realidade no Japão e nos Estados Unidos. Alguém tem dúvida da chegada dos mesmos aqui no Brasil, em específico em São Paulo, nos próximos anos? Da construção de "Postos de Abastecimento de Energia Elétrica para Veículos Automotores" ??? (nem todos terão condição de recarregar seus carros em casa, com certeza). Isso implica em um aumento acima da média no consumo do produto citado, que já tem uma grande demanda atualmente as custas do crescimento econômico do Brasil. Com a chegada dos carros  movidos a energia, que é limpa e renovável, só posso esperar bons retornos investindo em Companhias como Eletropaulo, AES Tietê, CPFL, Coelce, Cemig entre outras. 
 O texto a seguir foi copiado do site da "ABRACE"  Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres:
02/02/2011
Reajuste de energia elétrica será de 11% em média, decide Aneel

A temporada de reajustes tarifários de energia elétrica para as 64 distribuidoras de energia no País foi iniciada ontem com as primeiras autorizações de majoração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste médio para os consumidores de baixa-tensão (como os residenciais) e de alta-tensão (como, por exemplo, a indústria) ficaram superiores a 11% neste primeiro bloco de aumentos que passam a valer a partir de amanhã, sexta-feira (4) e segunda (7), de acordo com a distribuidora.

No total, quase 630 mil consumidores em 58 municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e Espírito Santo passarão a pagar a mais pela energia elétrica. A tarifa é formada por 26 componentes, que vão desde a eletricidade consumida, os encargos setoriais, as tarifas de transmissão, a parcela da energia comprada de Itaipu, e os tributos, entre outros itens.

De acordo com o assessor em energia elétrica da associação de grandes consumidores de energia, Abrace, Fernando Umbria, ainda não é possível definir a participação dos encargos nesses reajustes, mas ele disse que como a variação entre um ano e outro não é grande, os valores de 2010 devem se repetir este ano. Ou seja, somente com a Conta Consumo de Combustível (CCC) os consumidores brasileiros terão de pagar R$ 5 bilhões entre os mercados livre e cativo, sendo que para este último o encargo aprovado pela Aneel foi de R$ 4,76 bilhões em 2010.
"Essa é apenas uma parte; em números preliminares, os encargos de 2010 somaram R$ 17 bilhões", afirmou ele. "Com certeza, para 2011 somente a CCC ultrapassará os R$ 5 bilhões para os consumidores dos ambientes livre e regulado", estimou o assessor da Abrace, que lembrou ainda que ao somar todos os encargos e os tributos temos cerca de 50% do valor da conta de energia.

Em São Paulo estão os maiores reajustes. Para os consumidores de baixa-tensão da Companhia Paulista de Energia Elétrica (CPFL Leste Paulista) o aumento será de 16,03%, enquanto para alta-tensão será de 17,3%. Na Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz) a alta será de 13,48% para os clientes residenciais, e de 19,26% para os industriais. Já para a Companhia Luz e Força de Mococa (CPFL Mococa) os reajustes para baixa-tensão é de 9,95% e de 9,37% para alta. Na Companhia Jaguari de Energia Elétrica (CPFL Jaguari) o reajuste será de 6,93% para baixa-tensão e de 6,45% para alta-tensão. Por fim, na Companhia Sul Paulista de Energia Elétrica (CPFL Sul Paulista) os reajustes serão de 6,7% e de 7,89% para consumidores residenciais e industriais, respectivamente.

Já no Espírito Santo a Luz e Força Santa Maria (ELFSM) elevará a tarifa na sexta-feira (4). O índice médio aprovado foi de 9,5% para baixa-tensão e de 10,35% para os consumidores de alta-tensão. Na Paraíba, a Energisa Borborema aplicará um reajuste médio de 14,92% para os de baixa-tensão e de 13,22% aos de alta-tensão. Ainda ontem, a diretoria da Aneel aprovou a abertura de uma audiência pública para discutir procedimentos provisórios até a conclusão da metodologia do terceiro ciclo de revisão tarifária.


"HIGH VOLTAGE"

E aí? Que tal ser sócio destas empresas?


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Warren Buffett diz estar em busca de aquisições

NOVA YORK - Warren Buffett está à procura de aquisições para investir  US$ 38 bilhões, afirmou o investidor em sua carta anual aos acionistas da Berkshire Hathaway Inc no sábado.
"Nossa arma de elefante foi recarregada, e meu dedo no gatilho está coçando", afirmou Buffett na carta.
No documento de 26 páginas, Buffett disse que a Berkshire vai precisar de "mais grandes aquisições" - com ênfase em 'grandes' - para impulsionar os ganhos em empresas que não são da área de seguros. Algumas delas incluem Burlington Northern (companhia ferroviária) e MidAmerican Energy (energia elétrica).
Buffett também abordou a delicada questão da sucessão na carta, algo que os investidores esperavam dada a sua idade (80 anos) e a falta de um substituto evidente.
O gerente de Investimentos Todd Combs, contratado no ano passado, irá gerir uma carteira inicial de US$ 1 bilhão a US$ 3 bilhões, disse Buffett, e a Berkshire pode adicionar um ou mais gerenciadores eventualmente. Mas Buffett afirmou que ele vai continuar a gerir a maior parte dos negócios.
(Reportagem de Ben Berkowitz) 



"The Money Hunter, Mr. Warren Buffett"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por que investir em empresas que pagam bons Dividendos?

 Muitos investem em ações baseados em dicas, em "ouviu dizer que a ação WXYZ vai subir 1.000%", muitas vezes entrando em verdadeiros "micos" - os quais depois viram grandes tormentos para quem neles entrou. Dinheiro não aceita ser mal tratado... Uma opção mais conservadora e muito mais lucrativa, que para alguns entendidos no assunto de "investimentos em valor" seja talvez a principal razão de se investir em ações, é investir em empresas que pagam bons dividendos (ou "yield").

 A compra de ações (Renda Variável) deve ser encarada sempre como um investimento de prazo mais longo e uma meta bem clara deve ser estabelecida, simples e definitiva: bater o rendimento da Renda Fixa! Investir em ações e ter rendimentos medíocres é suicídio financeiro. Ter ações de empresas boas pagadoras de dividendos é um método que se mostrou eficiente no longo prazo, trazendo retornos iguais ou acima da Renda Fixa, muitas vezes só as custas dos dividendos pagos (sem falar na valorização das ações!).

 E o reinvestimento dos dividendos recebidos em novas ações coloca para girar, a seu favor, uma máquina muito potente no longo prazo: os juros compostos

"Qual é a força mais poderosa do universo?...os juros compostos" - Albert Einstein

"Não sei quais são as sete maravilhas do mundo, mas certamente conhecço a oitava: os juros compostos." - Barão de Rothschild


 A ilusão dos lucros rápidos e fáceis já levou embora o dinheiro de milhares de pessoas e todos os dias continua a fazê-lo. Compras de opções a seco, venda descoberta de opções, termos sem lastro em dinheiro real, day trade para recuperar dinheiro perdido em day trade, venda descoberta de ações, micos, compra de ações caras... A lista é extensa, mas nos foruns da Internet, escondidos em seus "nick names", temos inúmeros "vencedores" e "mestres" em investimentos. Enquanto isso, quem investiu em empresas pagadoras de bons dividendos em 2009 (apenas um exemplo) recebeu:










EmpresaClasse da açãoCategoriaDividend Yield (%)
PinePNBanco26,66
EquatorialONEnergia26,4
EletropauloPNBEnergia24,51
BicbancoPNBanco23,61
Aços VillONSiderurgia21,41
Iochp-MaxionONMaterial Rodoviário19,09
BrasmotorPNEletrodomésticos18,79
TegmaONTransporte Rodoviário18,31
OdontoprevONSaúde16,82
Cruzeiro SulPNBanco16,46
AES TietêONEnergia16,3
TelemarPNTelefonia16,17
AES TietêPNEnergia15,44
CoelcePNAEnergia15,03
EternitONMateriais de Construção14,95












2010 (até 11 de junho)
EmpresaClasse da açãoCategoriaDividend Yield (%)
EletrobrasONEnergia32,43
OdontoprevONSaúde15,91
EletropauloPNBEnergia12,33
SofisaPNBanco9,03
CoelcePNAEnergia8,87
TelemarPNTelefonia8,46
ComgásPNAGás8,33
Light S/AONEnergia8,16
TelemarONTelefonia7,02
TelespONTelefonia6,17
CemigOnEnergia6,15
TelespPNTelefonia5,92
EletrobrasPNBEnergia5,86
DaycovalPNBanco5,77
Energias BRONEnergia5,57

Fonte: Economatica










 Devagar e sempre, eis o caminho do sucesso financeiro. As tabelas mostram que empresas de telefonia e energia são as maiores pagadores de dividendos do Brasil. "Telefônicas e elétricas não têm mercadoria física, estoque ou produção. O que elas vendem, cobram no fim do mês. Se você não pagar, o serviço é cortado. Por esses motivos, a geração de caixa é grande e regular", diz o professor Alexandre Assaf Neto, da Fipecafi e do Instituto Assaf. Essas empresas também têm acesso a fontes de financiamento de longo prazo com  taxas de juros bastante atraentes. "Em geral, elas quitam empréstimos do BNDES em prazos que variam de 5 a 15 anos. Assim, fazem investimentos pesados, pagam por isso ao longo do tempo, mas geram faturamento imediato pelo tipo de bem que oferecem", diz Assaf. Como a necessidade de reinvestir não cresce consideravelmente, a estrutura já montada para a construção de uma hidrelétrica, por exemplo, será capaz de prover o serviço dali para frente sem a necessidade de grandes injeções financeiras.

 Exatamente por isso, essas empresas tendem a sofrer menos nos momentos de crise. O levantamento da consultoria Economatica mostra que considerando apenas as ações que foram negociadas em todos os pregões, um terço das que entregaram melhores resultados em 2009 eram de companhias elétricas. Analisado o ranking de janeiro até 11 de junho de 2010, essa participação chega aos 46%. Além disso, todos os 15 papéis com retorno mais expressivo no ano passado apresentaram dividend yields superiores à Selic. Para se ter uma ideia, a taxa básica de juros, referência para a remuneração na renda fixa, fechou o ano em 8,75%, ao passo que a média das ações campeãs ficou em 19,33%. Isso significa que mesmo que os papéis não tenham subido absolutamente nada, o investidor ganhou mais em dividendos do que se tivesse aplicado o mesmo tanto em títulos públicos.
 Por outro lado, ações que devolvem bons dividendos não costumam registrar grandes valorizações. "Ou você ganha com o lucro de uma empresa ou corre o risco de ganhar com a apreciação do papel de outra. Não há como você levar as duas coisas bem", alerta o economista Alexandre Assaf Neto. Sendo assim, a escolha por companhias que pagam dividendos regulares é uma boa pedida para o investidor cauteloso ou que não pode esperar muitos anos para recuperar eventuais perdas - como aposentados e pessoas que vão precisar em breve do dinheiro investido em bolsa. Se a chance de ver o patrimônio disparar no curto prazo é praticamente nula, é possível ter ganhos maiores do que na renda fixa com empresas que são menos suscetíveis às variações do mercado. É por esse motivo que esses papéis costumam ter valorização acima da média apenas em momentos de crescimento da aversão ao risco.
 Décio Bazin indica em seu livro que, para um ação ser uma boa compra, seu "preço justo" seria no máximo 16,67 vezes o valor dos dividendos (isso significava uma taxa básica de 6% ao ano nos títulos de renda fixa, onde 100/6 = 16,67). Usando os atuais valores dos Títulos do Tesouro Brasileiro, levando em conta um rendimento anual líquido de 10%, hoje o cálculo do preço justo de uma ação pelos seus dividendos seria no máximo 10 vezes o valor dos mesmos (10%, onde 100/10 = 10). Para o investidor mais conservador, pensando numa eventual queda nas cotações das ações a serem compradas, este valor máximo poderia ser ajustado para 8 ou 9 vezes os dividendos pagos. Isso daria uma taxa básica de 12,5 e 11,11% respectivamente. Lembrando que queda no preço de boas ações = OPORTUNIDADE DE COMPRA!. Pesquise entre as empresas da Bovespa as melhores pagadoras de dividendos, estude os múltiplos das mesmas, pois ocasionalmente uma empresa pode pagar um bom dividendo devido a lucros não recorrentes, o que seria uma indicação de cautela na compra. Crie seu "filtro" na escolha da ação e coloque os juros compostos para trabalharem a seu favor.